Vou deixar claro. Este texto é meio que uma verborréia desenfreada que eu estou escrevendo de madrugada pensando em dois momentos nos últimos tempos que aconteceram.
Um, foi a muito tempo atrás, quando critiquei um jornalista e suas opiniões pois ele é ( e é mesmo ) financiado pelo atual governo e criticava as coisas do outro governo ( aliás, uma coisa que eu acho hilária ... o povo já está aí uns 10 anos e ainda está criticando o trabalho do outro, mas ... ) e culminou em uma frase do Anahuac ( criador do Kyapanel ) em que eu tinha de escolher um dos lados ( esquerda - PT ou direita - PSDB ).
Na época deixei quieto pois tenho certeza de minhas convicções e nenhum destes dois partidos partilha delas.
Outro dia, quando critiquei uma imagem em que o jornalista da Veja Reinaldo Azevedo criticava o Oscar Niemeyer pela sua simpatia por alguns governos de esquerda, culminou em uma discussão ferrenha entre eu e o Cristiano Passos, batera da finada e maravilhosa banda Necrobutcher, em que ele me via como direita ... e em certo ponto ele pode até não estar totalmente errado.
Porque ele não está errado ? Porque não dá para me definir entre direita e esquerda, pois eu navego entre as duas ideologias, pois minha posição está mais para analítica, que ideológica ou partidária.
Minha posição é de desconstrução de idéias para depois casá-las com meus valores pessoais e finalmente, analisar o todo para ver se realmente elas seriam boas ou ruins.
Difícil de entender ? Eu também acho, mas é meio assim.

Minha formação sempre foi cética. Isto talvez tenha iniciado por fatores básicos: minha adolescência foi regada a metal extremo.
Sim, pode parecer gozação, mas esta adolescência dentro do metal extremo me levou a conhecer ideologias como o anarquismo ( diga-se de passagem, que também é esquerda ) e outras.
Estas passagens por diversas ideologias ( religiosas, filosóficas, etc ) me levou a uma postura analítica, que eu tendo a chamar sempre de cética.
A minha forma de pensar, desconstruindo e reconstruindo o pensamento acredito que tenha vindo diretamente do método científico, que eu sempre gostei.
Na minha infância amava ver a série Cosmos do Carl Sagan e ter lido os livros dele anos depois, junto com outros muitos livros de outros pensadores me fez ver que a desconstrução do pensamento e análise crítica sobre várias óticas é que lhe leva realmente a entender o que se passa a sua volta de forma mais correta ( ou incorreta, diga-se de passagem ).
De posse desta formação maluca aí em cima, que passou pelo ocultismo, pelo espiritualismo, pelo ateísmo, pelo anarquismo, e por n outras coisas é que nasceu meu ateísmo ( que um dia pode acabar, diga-se de passagem, pois nenhuma verdade é absoluta ).
Mas minha postura política ainda veio a ser remoldada quando eu tive a chance de ler um texto muito, muito interessante, que é o Manifesto Hacker, que talvez tenha sido o que mais influenciou na minha forma de pensar atual.

Esta manifesto, que publicarei ao final deste texto, é um grito de liberdade contido naquela época em que estavam começando a prender os grandes 'nomes' do hacking.