Sim, uma resenha de um disco ? Isto não é feito no domingo ? Sim, mas o disco Kairos do Sepultura que eu tive a chance de ouvir hoje vindo para o trabalho, e resolvi falar um pouco sobre o mesmo :-)
Bom, muita gente deve ter visto que Kairos ficou disponível para download em diversos sites na semana passada. Lendo os meus feeds ontem, vi o disco e resolvi baixar.
Coloquei no Ipod ( MP3 Player metido, no fim das contas ), e hoje vindo para o trabalho ouvi o trabalho dos caras.
Bom, apesar de respeitar demais o Sepultura, que é praticamente a banda que apresentou o metal brasileiro para o mundo ... Kairos não é, nem nunca vai ser um clássico, tal qual a banda sempre nos brindou.
Não sou um fã xiita, mas o caso é que o disco não conseguiu ser daqueles que você ouve e já fica com um ou outro refrão na cabeça ou até um andamento qualquer.
O disco tem sim, algumas músicas me animaram, porque tem aquele andamento nervoso característico da banda, mas a maioria é tão morna que me deixou assustado em estar ali.
O trunfo principal deste disco, na minha opinão é o time. E o entrosamento, sentido neste petardo, pode nos brindar nos próximos anos com bons discos.
Paulo está ali com seu baixo básico, fazendo a parede necessária para acompanhar a bateria bem poderosa do Jean Dollabella.
Derick mostra o porque foi escolhido para a banda, com seu vocal poderoso e altamente entrosado ( para mim, um vocalista muito melhor que o Max, diga-se de passagem ).
Já o Andreas, nem é necessário falar muito. Continua destruindo com seus riffs e solos.
O que ficou dificil com toda sinceridade, aqui, foi falar sobre as músicas, porque elas foram bem pouco marcantes e no fim, eu acabei ouvindo somente no Mp3 Player.
Uma marcante, foi a releitura que a banda fez de Just One Fix, do Ministry, um grande clássico dos anos 90. A música do Ministry ganhou uma roupagem bem Sepultura, com rifs bem construídos e uma bateria bem mais poderosa.
Eu pelo menos gostei para caramba.
Kairos foi uma das primeiras que ouvi, e gostei demais. Soa interessante com uma cadência gostosa de ouvir e bumbos duplos ao extremo. Legal, legal demais :)
Mask é uma música bem marcante, com um peso legal, e Structure Violence (Azzes) é porrada, porrada na oreia mesmo.
De resto, as músicas são boas, mas como disse, meio mornas.
No fim, o que eu digo deste disco ? Merece ser ouvido. Para mim é um disco de transição que vai dar a banda sim, chance de nos próximos nos brindar com petardos destrutivos e sim, marcantes como os discos do Sepultura sempre foram.
O grande mérito deste disco é provar que a banda não precisa dos irmãos Cavalera para sobreviver. Ela é grande o bastante para se garantir com a formação atual.
Até porque, com toda sinceridade, não vejo tanto brilho nos trabalhos do Cavalera Conspiracy.
O disco vai continuar no Mp3 Player, porque merece. E espero, com toda sinceridade, que a banda destrua no próximo disco :-)
No Whiplash, fizeram um review música a música. Interessante.