Já tem algum tempo que eu venho usando os arquivos Markdown no meu dia a dia. Um dos motivos principais é que, hoje, meu blogs mais atualizados estão todos baseados ou no Hugo ou no Jekyll. E ainda, minha rede social mais acessada hoje é o Steemit, que também é completamente em markdown.
E por este motivo eu notei que não há nada mais legal do que apostar no formato. Primeiro, porque nem é preciso dizer que este formato terá uma vida longa pois é um texto puro com algumas marcações, tal qual o HTML. E com isto, mesmo que os programas que eu use hoje sumam, meus textos estão ali e podem ser lidos por qualquer wrapper que consiga ler texto puro.
E um dos hábitos que eu desenvolvi nos últimos tempos é o diário. Isto é legal porque eu tenho uma péssima memória. Enquanto eu vejo pessoas lembrando de acontecimentos da infância, eu com dificulde lembro de coisas que ocorreram no ano passado. Isto, lógico, se for algo muito relevante.
E por este defeito falhava muitas vezes em me organizar sobre os dias que fiz algo e, até, responder coisas no trabalho devido a isto. E procurando uma solução para esta minha falha conheci o “Bullet Journal” . Mas eu achei meio chato fazer ele de forma eletrônica, já que precisava somente de um resumo do dia.
E aí, conheci o Diarium. Só que … ele tem formato proprietário, não roda no Linux e etc. Cheguei a mantê-lo em uso por uns dias, mas comecei novamente a procura de um app para resolver este meu problema. E, acabei achando. O GitJournal.
E qual a grande vantagem do GitJournal em relação a outros ?
O GitJournal tem diversas vantagens. Primeiro, seu foco é o texto. A mensagem. Quando você abre ele, a lembrança que vem é o ZenJournal que tem este foco também ( só que, também com formato proprietário, mesmo que seja gratuito ).
O segundo motivo que me trouxe ao GitJournal é o que eu já falei acima. São arquivos texto. Ou seja, daqui a mil anos, arquivos texto ainda serão lidos sem problema pr qualquer biblioteca. E assim, meu conteúdo está ali, pronto e disponível quando e onde eu quiser ( até aqui no terminal, diga-se de passagem ).
Terceiro. Como ele trabalha com o Git tenho uma cópia de tudo que escrevi em todos os dispositivos que quiser. Inclusive, no desktop, mesmo não existindo uma versão do GitJounal para computador, já que os arquivos Markdown são suportados por uma infinidade de programas ao longo do mundo.
Desvantagens
A única desvantagem que eu percebi no app é se a pessoa quer uma interface rica, cheia de frescuras e etc. Se você procura um app deste tipo, esqueça, pois o GitJournal não é para você.
Mas, vale lembrar que isto, apesar de ser um problema, ao mesmo tempo não é, pois o código-fonte está disponível no GitHub e você pode cloná-lo e criar uma nova versão do programa, ou bater um papo com o desenvolvedor e propor algum coisa nova no app.
Como funciona ?
O Trem é objetivo e rápido, bem na filosofia KISS(Keep it Simple Stupid). Você irá baixar o app na Play Store usando este link aqui.
Aqui já dá para ter uma idéia das telas que temos no programa e ficarão assim após você configurar tudo.
E após você adicionar o seu repositório Git, o app ficará assim ( sua linha do tempo ).
O app ( pelo menos até quando o artigo foi escrito ) tem estas opções no seu menu :
E para configurar o app você precisará de um Git.Seja ele em algum serviço, como GitHub, GitLab ou BitBucket, ou uma instância própria que você tenha de Git.
Pelo que andei lendo GitLab e GitHub são suportados sem muito trauma, mas, quando estamos falando do BitBucket parece que você terá um pouquinho mais de trabalho manual ( que no fim, consiste em cadastrar a chave pública e liberar as permissões no repositório ).
Depois disto, é ser feliz e guardar suas memórias, que podem ser escritas no telefone, ou em qualquer dispositivo que tenha um editor de texto puro.