Garoto reportado como desaparecido só existia no Facebook

Ainda estou devendo dois posts sobre este assunto aqui no blog. Um, foi uma notícia que apareceu aqui no Brasil e acabou sendo notícia no país inteiro devido a propagação dela via Whatsapp e redes sociais. A outra é de um cara que criou um especialista em redes sociais fake e ganhou o mundo.

Facebook

Ambos são casos interessantes que merecem uma análise aqui no blog por seu envolvimento com inteligência e SI, mas este do Digital Trends acabou que me chamou muito a atenção pelo que causou.

Um garoto reportado como desaparecido na cidade francesa de Moulins causou surpresa às autoridades quando descobriu-se que ele não existia em outro lugar, senão no Facebook. O garoto de dois anos Chayson Basinio foi reportado como perdido em um supermercado, o que deu origem a uma investigação de sequestro, gerando inclusive a dragagem de um lago próximo ao local do desparecimento. Depois de vários dias de busca, a surpresa. Tanto os pais, quando o menino não passavam de criações no Facebook.

O procurador-geral Eric Mazaud disse que o inquérito de rapto ou sequestro foi obviamente transformado em um crime imaginário ou ofensa. Ele diz que o inquérito foi longo e complicado, mas que agora podem afirmar que o jovem Chayson nunca existiu e muito menos seu pai e sua mãe.

A mulher que relatou o desparecimento da criança e alegou ser sua tia-avó está agora sob custódia da polícia depois de diversas inconsistências encontradas em sua história. Se for considerada culpada de inventar um crime ela pode pegar até seis meses de prisão e uma mula de 7500 euros. A filha da mulher e um primo também estão sendo interrogados pela polícia pois são suspeitos de ajudar a criar as contas falsas na rede social, já que os perfis foram criados a alguns meses atrás.

Nesta fase, o motivo por trás do suposto engano não é claro, embora Eric Mazoud tenha sugerido que possa haver problemas psiciológicos ou até uma vingança envolvida. Como ele mesmo diz é uma história da vida moderna. Uma pessoa criar contas falsas no Facebook e procurar por fotos reais para alimentar as contas falsas e por fim, tornar o personagem da rede social algo tão real, que todos acreditam que ele realmente é uma pessoa de carne e osso.

Por estas e outras que é sempre bom tentar aferir as informações antes de compartilhá-las em redes sociais.

O custo que uma 'brincadeira' como esta tem para toda a sociedade é muito alto, pois tira a atenção das autoridades para coisas que realmente possam estar acontecendo.

Via: Digital Trends / The Guardian