Fiquei super feliz ao ler isto agora a pouco em um dos meus feeds. Após 12 anos de desenvolvimento, o E17 ( versão 0.17 do Enlightenment ) foi oficialmente lançada.
Para quem não sabe este gerenciador de janelas é bem leve, muito bonito e que roda em muitos Unixes ( inclusive quem usou o Gnome a muitos anos atrás usava o Gnome + Enligntement em alguns momentos ).
O legal foi que todas as bibliotecas do mesmo foram desenvolvidas como parte dos seus próprios pacotes, com nomes bem fáceis de serem entendidos ( ou seja, o nome já fala bem o que ela faz ) e são referenciadas diretamente como EFL ( Enlightenment Foundation Libraries ).
Cheguei a usá-lo um tempo no meu Slackware ( tenho alguns posts aqui sobre ele ) e tentei usar no Fedora também. Mas como ele nunca era oficialmente disponibilizado eu acabei abandonando a idéia de usá-lo.
Outro ponto legal que eu acho no E17 é sua leveza. Desconfio que rode muito bem em dispositivos móveis e no Deskto, voa ... lembra-me muito o lxde que deixa a máquina um foguete com a diferença que ele não sacrifica a usabilidade.
Para animar mais um pouquinho quem está animado como eu, seguem aí algumas das coisas legais que o E17 tem ...
- É um dos mais antigos gerenciadores de janelas que existe no mundo Linux ( e ainda, levou um tempão para sair a versão oficial, ou seja, está estável para caramba ... ).
- Super configurável. Ele tem tantas opções e configurações que você pode se perder nelas. Assim, você pode colocar o seu E17 com a sua cara nas janelas de configuração do mesmo.
- Como já citado, pouco uso de memória. Você pode rodá-lo sem problemas em dispositivos com pouca memória. A memoria mínima sugerida para rodar um sistema Linux inteiro + o E17 é 16 MB, mas pelos testes feitos aqui ( em VMs ) dá até para rodar ele em uma máquina com 8 MB. Mas ... diga-se de passagem se você quer o funcionamento total do E17 é sempre recomendado que tenha pelo menos mais de 64 M de RAM ( tendo em vista que não existem mais máquinas com menos de 2 Giga de RAM, com o E17 seu sistema vai voar .... ).
- Ele é totalmente cross platform, ou seja, roda em trocentas plataformas diferentes, sendo hoje o Linux e o Unix em todas as suas variantes. Mas, ao que parece há projetos de portá-lo para o MAC OS X e Windows. A vantagem das bibliotecas terem sido desenvolvidas do zero, é esta, elas podem ser portadas agora também para milhões de sistemas diferentes, como dispositivos móveis ( telefones, tablets etc ), desktops, plataformas de jogo, etc.
- O autor do post que eu li ainda fala que em um sistema com o Unity ( Ubuntu ) usando o E17, ele salvou de cara 200M de RAM. E, salvando este volume de memória é garantido que você terá um sistema muito mais rápido e com respostas mais ágeis.
Em meus testes quando usava o E17 vou lhes ser sincero, ele sempre me deu um sistema rápido e ágil mesmo, casado com uma beleza ímpar, pois o acabamento do E17 é muito bonito. - Menos processos pois a maioria dos componentes do E17 estão ali nele mesmo. Ou seja, não é um processo para cada componente do mesmo.
Para o Fedora, há um repositório do E17 ( só não sei se já tem a versão estável disponível no mesmo ), que pode ser baixado aqui.
Para outras distros, como não sou usuário não sei lhes dizer, mas não é difícil compilar os fontes e instalar no seu sistema operacional ;-).
De um jeito ou de outro, teste. O E17 é um dos mais belos e leves gerenciadores de janela para o Linux.