Primeiro, quero pedir desculpas pela lentidão que houve no blog durante a última semana. Me parece que a Dreamhost, onde eu hospedo, teve alguns probleminhas relacionados a base de dados ( MySQL ) e o servidor onde meu site está alocado. Resumo, lentidão completa que na realidade, só foi recuperada hoje, com um reboot geral na máquina.
Mas, o que eu vou falar aqui, primeiramente, é sobre o que seremos forçados a fazer amanhã. Sim, milhões de brasileiros irão amanhã as urnas, não porque querem, mas porque são forçados a votar.
O voto no Brasil é sem dúvida, um pequeno resquício de ditadura, que o Brasil ainda é forçado a ter em muitas coisas. Muitos podem até criticar meu pensamento, mas você já parou para pensar que você perde muito mais do que ganha com a obrigatoriedade do voto ?
Enquanto alguns se informam, se inteiram da vida dos políticos e procura entender o que está ocorrendo, outros simplesmente, para se verem livres logo da necessidade do voto, vão lá e jogam seu voto em qualquer um. Assim, no fundo, a eleição brasileira, um misto de ditadura e democracia[bb], leva a situação , na maioria das vezes, chegar aonde quer.
Apesar de ainda ser eleitor em Divinópolis ( sim, ainda não transferi meu título ), comecei a acompanhar um pouco as eleições em Belo Horizonte e vou fazer minhas considerações sobre os candidatos.
Lembro que isto é opinião pessoal e que não deve nunca ser levada como verdade absoluta. Política é um dos assuntos mais complexos para se falar sobre, porque muita gente acaba se sentindo ofendido, simplesmente porque você fala algo que não o agrada sobre seu candidato. Mas vou ser totalmente sincero, tirando minha família e amigos, nunca vou perder meu tempo de ficar defendendo ninguém.
Belo Horizonte, este ano, teve uma fauna de candidatos bem variada. Desde caras que merecem respeito, mas tem pouca experiência, até pessoas que tem grande experiência, mas ao mesmo tempo, pouca força política. Possivelmente, teremos no segundo turno, dois candidatos bem pobres em termos de capacidade administrativa e ideológica, mas ao mesmo tempo, passíveis de bom governo, pelo apoio que teriam do governador/governo federal.
Assim, vamos aos pontos. Pouca gente, pelo menos da blogosfera de Belo Horizonte, acompanhou o debate na quinta-feira. No debate estiveram os cinco candidatos mais votados : Márcio Lacerda ( apoiado pelos governos estadual e municipal ), Gustavo Valadares, Sérgio Miranda, Leonardo Quintão e Jô Moraes.
<a href=“https://cybernetus.com/wp-content/uploads/2016/11/sergio-miranda.jpg" data-rel=“lightbox-image-0” data-rl_title=”" data-rl_caption="" title="">Minha visão no debate, em termos de inteligência e perspicácia em perguntas e respostas, logicamente, ficou dividida entre dois. Sérgio Miranda, se mostrou um cara altamente competente e maduro politicamente, conseguindo responder com clareza e mostrar suas idéias durante todo o debate. Capacitado ou não para a prefeitura, mostrou que tem um bom programa de governo e seria uma boa opção para a cidade, se tivesse, seguido das duas primeiras qualidades, da força política necessária para este cargo.
Já Gustavo Valadares, apesar de imaturo em muita coisa, mostrou ser um cara com um programa interessante. Quer levar BH a um futuro interessante, mas ao mesmo tempo, esbarra em uma falta de lógica de sonhos de um cara que ainda não se tocou que tudo tem seus prós e contras. Resumindo, muito inteligente, mas sonhador demais. Seria uma boa opção como nome de “trabalho ” ( Secretaria ) para qualquer um dos candidatos que venha a ganhar a prefeitura.
Leonardo Quintão é o candidato amigão. Toda a campanha foi voltada para conversar com o eleitor carente. Sim, aquele cara que está na rua da amargura do desemprego e problemas pessoais. É aquele cara que recebe todo mundo no gabinete com um sorriso ( sarcástico, será ? ) e encaminha o cara para o paraíso.
Resumo, fez um campanha inteligente, e próxima do povão. Talvez por isto, tenha passado outros candidatos, pois foi fundo naquele lado emotivo do eleitor daqui de Belo Horizonte. Minha visão sobre ele, é que, é um cara fraco. Não passa “segurança” no que fala e metade do que diz, é passível de erro se analisada friamente.
No debate, ele ficou naquele de “gente” e ataques ao candidato da situação, Márcio Lacerda. Saiu-se melhor que a Jô Moraes ( sem dúvida, a mais fraca dos candidatos ), mas não convenceu.
Márcio Lacerda, é o cara do governo. Pimentel e Aécio investiram forte no cara como o nome para continuar o trabalho deles em Belo Horizonte. Também é um candidato fraco, ao que me pareceu. Seu trabalho vai ser pautado, no fundo, em continuar o que já vem sendo feito em BH.
<a href=“https://cybernetus.com/wp-content/uploads/2016/11/marcio-lacerda.jpeg" data-rel=“lightbox-image-3” data-rl_title=”" data-rl_caption="" title="">
No debate, não me convenceu também. Se fosse por este debate, ele seria junto com Jô Moraes o cara em que eu não votaria ( lógico, como disse não voto em BH ) nem que fossem somente os dois candidatos.
O que faz dele um nome para a maioria das pessoas, é que o mesmo é apoiado pelo Aécio e pelo Pimentel. Resumo, ele é um cara que vai chegar lá, não por suas qualidades ( talvez ), mas sim, por ser o cara da situação governamental atual daqui.
Jô Moraes para mim, é uma piada de mal gosto. Fraca, sem idéias fortes, discurso batido e ainda, ataques frontais quando não tem nada para falar. No debate resumiu-se a coitadinha que não conseguiu tempo para falar do seu programa de governo, porque faltava tempo na TV.
Posso ser sincero ? Se dessem meia hora para a infeliz, ela não conseguiria passar nada porque não tinha nada para passar.
Só me resta realmente esperar quem será o novo governante de BH. Se vai ser Leonardo Quintão ou Márcio Lacerda … até porque, este Quintão me parece ser uma zebra bem perigosa viu …