Uma grande moda entre os administradores atualmente é chamar o empregado de colaborador. Este conceito, pelo menos pelo que os administradores consideram, vai tornar o empregado parte da empresa, ou seja, ele vai se sentir valorizado, por colaborar com o crescimento da mesma.
No Brasil, este termo é atualmente utilizado em muitos locais. Nas empresas que trabalhei, sempre vinham com o termo colaborador. Mas, no fim das contas, colaboramos com o quê ?
Se pegarmos a definição de colaboração, veremos que colaborar é o mesmo que trabalhar para se chegar a um mesmo fim, ou seja, cooperar para que as coisas funcionem bem para ambos os lados. Assim, tanto o “colaborador” quanto a empresa, deveriam ter algum retorno.
Só que a coisa se distorce aí. Na realidade, o colaborador, só tem direitos realmente, quando ele está colaborando para o crescimento da empresa. Quando ele tenta fazer algo para seu crescimento pessoal, em geral, ele é barrado. Pode parecer o contra-senso ao que se chama de gerenciamento de pessoas hoje, mas, as empresas brasileiras ainda não entenderam o conceito de colaboração.
O conceito em que patrão e empregado colaborariam para o bom funcionamento de um ecossistema chamado empresa. Onde, a cada ação boa do empregado, ou colaborador, haveriam melhoras significativas no ambiente de trabalho e lógico, até promoções.
Não que a promoção seja importante, mas pelo menos o reconhecimento, um bom gerenciamento de carreiras, o preocupar com o funcionário, no fim das contas. A maioria das empresas, na procura das ISOS e afins da vida, se esquecem do elemento humano, e, no fim, querem somente tirar lucro dele.
Pessoalmente, ainda não tive a experiência de trabalhar em uma empresa que realmente seja deste modo com o funcionário. Na realidade, ser chamado de colaborador, quando somos forçados a suportar diariamente o desrespeito de nossos direitos, é ofensa …
Está, sinceramente, na hora das empresas começarem a realmente pensar o que é colaboração, e aplicar, sem demagogia, em seus quadros funcionais.