Londres, 14 dez (EFE).- Uma equipe de cientistas britânicos conseguiu pela primeira vez medir uma “anã branca”, o núcleo restante depois do desaparecimento de uma estrela comum, através do telescópio Hubble, que orbita a 600 quilômetros da Terra.
Segundo informa hoje a revista britânica “Monthly Notices of The Royal Astronomical Society”, esse descobrimento permitirá conhecer melhor como evoluem e desaparecem as estrelas, já que a “anã branca” é a última fase da vida desses corpos celestes.
Até agora, as “anãs brancas” não tinham podido ser medidas porque a mais próxima à Terra acompanha uma estrela comum, Sirius, que é a mais brilhante do céu e oculta a “anã”.
No entanto, os astrônomos da Universidade de Leicester (centro da Inglaterra) conseguiram estudar a chamada “Sirius B anã branca”.
Os especialistas conseguiram esse feito científico graças à tecnologia do telescópio espacial Hubble, que permitiu isolar a luz de “Sirius B” e medir a massa do astro extinto.
“Sirius B” tem um diâmetro de cerca de 11.700 quilômetros, é menor que a Terra, mas é tão densa que sua massa equivale a 98% da do Sol, segundo os cientistas da Universidade de Leicester.
Graças a esta descoberta, os especialistas poderão investigar como estrelas similares ao Sol acabam transformadas em “anãs brancas” quando esgotam sua energia nuclear e se transformam em astros menores.
Segundo o diretor da pesquisa, o doutor Martin Barstow, “o estudo de Sirius B foi todo um desafio para os astrônomos durante mais de 140 anos”.
Para Barstow, esta façanha só foi possível pela utilização do telescópio Hubble: “Só graças ao Hubble no final pudemos obter as observações que necessitávamos”, ressaltou o professor. EFE tcr ca