Um auto retrato que escrevi para ir para a seção “sobre”, mas achei que ficou muito sério.
Praticamente, desde que este site foi montado, o mesmo texto esteve aqui falando sobre um cara chamado Ataliba Teixeira. Sempre gostei dele porque mantinha um ar bem humorado e sem dúvida, falava o que precisava. Com o tempo, acabei notando que precisava de outra coisa aqui, principalmente, porque a maioria do pessoal já deve estar cansado de ler este texto. Sendo assim, uma mente Geek, acaba sempre pensando em algo.
Falar sobre si, é sempre um grande desafio para um Geek. Porque ? Porque ao contrário dos outros seres humanos do mundo, nossa existência parece bem sem graça. E, ainda por cima, porque em geral, somos péssimos para lembrar dos acontecimentos passados, a não ser que tenham sido realmente muito marcantes.
Primeiramente, nasci no ano de 1974. Era o ano que o Motorhead lançava seu On Parole e o Alice Cooper veio ao Brasil ( tá, eu não sei o que aconteceu no ano, mas isto é coisa para quem é historiador ). Fui o primeiro de três filhos, a do meio é minha irmã ( Cíntia ) e o meu irmão mais novo ( Marcelo ).
Como já disse em outro texto, ninguém explica o como alguém se torna Geek, mas você é Geek. É, sem dúvida, igual ser Jedi, ou você é, ou você não é. Mas, voltando, a realidade é que, acabei desde novo desenvolvendo um certo amor pelas coisas que funcionavam sozinhas sem que eu precisasse de fazer um esforço para brincar com elas.
Na realidade, sempre preferi brinquedos eletrônicos. Principalmente, porque eles evitavam a necessidade de eu fazê-los brincar. Eles brincavam por si só. O grande problema destes brinquedos é que eles eram uma incógnita para uma mente geek em formação. Porque eles se mexem, porque estas luzinhas piscam etc, e etc. Resumindo, em pouco tempo eles eram um amontado de peças, quebradas, que não faziam mais nada. Fim de história, nenhum deles existem para provar o que eu fiz.
Minha vida correu natural como de qualquer Geek. Sempre fui um aluno mediano, péssimo com as garotas, e sempre, interessadíssimo em alguma coisa até o extremo.
Boas lembranças que tenho eram o Atari 2600, Odissey, e outras parafernálias da época. Não que eu tivesse possuido todas, mas achava aquilo a maior maravilha do mundo.
A tecnologia se fez presente em minha vida, durante algum tempo. No segundo grau, optei por fazer eletrônica, e em paralelo cursei eletricidade no Senai. Lá, eu podia montar e desmontar muitas coisas. No Senai, aprendi que era péssimo com trabalhos manuais ( apesar de por incrível que pareça, ser bom baterista ), e sempre fiz algumas cacas em algumas aulas. Em eletrônica me divertia, pois acaba me mostrando alguma coisa legal.
Sempre sofri assim, as coisas me desinteressavam rápido. Gostava sempre de novidades.
Quando terminei o segundo grau, acabei indo para Sta. Rita estudar no Inatel. Nesta época, após ter estudado música, achava que ia ser músico. E ainda sou, só que não profissional. Esta obssessão pela música e ainda, pela internet, que acabei conhecendo lá, é que formaram meu atual perfil.
A internet foi uma das maiores descobertas para tímidos geeks como eu. Lá, você não precisava enfrentar as pessoas, era criar um nick e sair navegando. Tudo bem, que aquilo tudo era horrível, com conexões bem lentas. Mas nada que não nos fizesse feliz.
Ali, descobri que existiam chats, um tal de html e ainda, mais e mais pessoas viciadas que adoravam varar as madrugadas.
Em meio ao sonho de ser músico, e ainda, o vício da internet, conheci a computação.
No fim das contas, não segui a carreira musical e ainda por cima, não formei no Intatel, mas em compensação, nerdei por completo.
A realidade, é que, quando estudei C, lá, descobri que podia mandar o computador fazer aquilo que eu queria, e me viciei.
Quando abandonei o curso em Sta Rita, já tinha instalado um tal de Linux no computador e aí que tudo desbandeirou.
Me divertia em instalar ele e colocar do jeito que eu achava legal, criar programas e mais programas, além de páginas e mais páginas de internet.
Resumindo, sou culpado sim, por ter colocado milhões de páginas horríveis na internet.
Resumindo, para este texto não ficar cansativo, do ano de 1998 para cá, eu virei um fanático por computação e qualquer coisa que me lembre isto.
Posso dizer, que, ainda sou a criança que desmontava brinquedos, só que agora eles são programas e/ou sistemas operacionais.
Além de outras mudanças … hoje eu tenho uma moça linda que achou bonitinho do tal nerd que ficava em um computador emburrado tentando achar explicação de porque aquele programa além de não debugar, não rodava nem a poder de porrete …