Fenomenos e alucinações

Um texto que escrevi a algum tempo e tem inclusive uma outra versão rodando a internet. Devo em breve colocar esta versão disponível aqui.
Este artigo não visa ser uma verdade absoluta, pois mesmo a ciência aceita várias visões de uma mesma coisa. O que este artigo tende a colocar é uma visão real do que realmente são fenômenos em geral ditos “fantásticos” por diversas pessoas.

Diversas pessoas tendem a acreditar em dimensões paralelas, planos astrais e até seres que habitam estes “locais” que estão em outros campos do universo. Estas pessoas acreditam que estes seres quando querem podem normalmente aparecer no nosso “mundo” e conversar conosco. Estas aparições, tendem normalmente a acontecer com pessoas pré-disposta a isto, através de diversos rituais e, em outros, também devido a choques psicológicos.

Isto pode ser dito tanto para cristãos que visualizam seus santos, como para outros campos religiosos, que tentam visualizar aquilo que existe, mas não existe … ou seja, visualizar algo inexistente que não está realmente naquele local.

Alguns estudos recentes, demonstraram que a maioria das pessoas que defende ouvir vozes e até visualizar entidades, sofre de diversas variedades de alucinação, já que as mesmas são parecidas com o comportamento de pessoas que ingeriram LSD, pessoas com intensa atividade cerebral, cansaço profundo, transe hipnótico.

Estes estudos, quando transpassados para o campo da magia, mostram um pouco do que realmente a magia é. O psicodrama realizado em um ritual de magia induz o individuo a um estado de torpor que causa normalmente uma mudança de seu estado mental. Este ritual, levam o individuo a um mergulho nos seus maiores pesadelos ou sonhos.

De acordo com alguns relatos de magistas, já tive a chance de notá-los parecidos. Eles visualizam em algusn momentos, “entidades astrais” os visitando, mas, em alguns momentos, se sentem longinquos de si mesmo, ou seja, como se seu corpo não existisse mais. Neste momentos, podemos comparar este estado com o sofrido por pessoas que estão em casos graves de disturbio mental. Estas, em geral, encontram-se fechadas em si mesmas e não conseguem mais enxergar uma realidade que não seja a dela. Estes estados de deterioração da mente ( os casos de disturbio mental ) começam geralmente cedo, aos vinte e cinco anos, e causam um terrível conjunto de alucinações e desligamento da realidade, além de crenças sem sentido e pouco palpáveis. Há casos, como o INRI, que chegam ao ponto de acreditar que são a personificação do Cristo, e que podem andar sobre as águas e fazer milagres. São casos de um início de doença mental latente.

Magistas, em geral não chegam a este ponto, mas, aprendem sim a induzir estados de torpor na mente. Os oito circuitos mentais de Timothy Leary ( criado por ele e desenvolvido por outros), nos mostram que para alcançar diversos estágios deste circuito mental é ( para alguns), necessário o uso de substâncias alucinógenas e portanto, estas substâncias causariam uma mudança no seu estado mental naquele momento. Alguns rituais, que não utilizam destes artifícios alucinógenos já recaem para uma mudança do estado do corpo do magista, portanto, demonstrando que mesmo assim, a consciencia da pessoa esta mudada.

Neste estágio a visualização de entidades e vozes é facilitada pela já pré-disposição do corpo para aceitar estas visões.

Os transes normalmente utilizados pelos magistas estão entre o quinto e o oitavo circuito. Estes circuitos ao contrario dos quatro primeiro circuitos, já “desligam a mente do terrestre e levam sua mente a um novo estágio.”

Estes estágios para o qual a mente é levada moram no interior da mesma, ao contrário do que se acha.

Avançados estudos nestes campos ( visando a psicologia), utilizando avançadas tecnologias de neuroimagem, é possível demonstrar que estes fenômenos estão associados com anormalidades cerebrais ( ou estágios alterados de consciencia).

Um grupo de cientistas da universidade de Londres, fez alguns estudos nesta área. Aplicando o método PET ( tomografia por emissão de positrons) para visualizar o cérebro destes pacientes que sofriam deste tipo de alucinação, e os pacientes apertavam um botão quando estavam “enxergando ou ouvindo” estes entes. O PET demonstrou que durante as alucinações são ativadas áreas cerebrais especificas do cérebro, tais como tálamo bilateral e corpos quadrigêmeos (estruturas relacionadas com visão e audição), hipocampo (relacionado à memória) área de Broca (relacionada à fala), neocortex (área relacionada à percepção e à cognição).

É possível dizer que estas pessoas estão vendo ou enxergando a si mesmos e não conseguem diferenciar uma voz real de uma voz vinda de dentro de sua própria mente. Por alterações através de rituais, drogas ou até, problemas mentais, as áreas de percepção e cognição estão neste momento fora do seu normal, causando na pessoa visão de coisas irreais e imaginárias, fruto da mudança de percepção.

Estas visões advindas de rituais mágicos e milagres moram aí. Não é difícil de se notar que alguns rituais de diversas linhas mágicas utilizam estes campos alucinógenos e por este motivo, podemos concluir que mesmo que alguns acreditem em existência de outros campos, o insconsciente é realmente o grande pai de todas estas visões.

Outra coisa interessante a ser observada neste nosso século, é o crescimento de fenômenos parapsicológicos, ou melhor, paranormais com poderes mentais altissimos, que utilizam por exemplo, truques de ilusionismo.

Mas, este artigo não visa falar sobre isto, e, a missão do mesmo já terminou aqui.