Era uma manha como qualquer outra, em qualquer dia ou em qualquer hora. Mesmo que as horas nao signifiquem nada, os dias sao como criancas que nascem em algum momento. O infinito eh como uma lenda bastarda que nao mais traz lembrancas boas. As lembrancas sao como mapas de uma mente que em um torpor brinca de nao existir.
Ainda brinco com uma faca, que repousa em algum lugar de meu quarto. As gotas de sangue pintam o chao de meu quarto, que ainda exala o cheiro da triteza. A tristeza eh um sentimento tao proximo, que se confunde com o medo. A vida nao mais existe, pq nunca mais me visitou.
Meus olhos brincam de enxergar o infinito que nao mais existe. Duas pequenas fadas sao engolidas por demonios que brincam com o que sobrou de minha vida. Um copo de uisque rega minhas tristezas, mesmo que eu nao possa esquece-las.
A cada momento, o chao se pinta de um vermelho que um dia significou vida. As manhas nao existem para ser alegres … quando os pulsos cortados borbulham sangue.