Bem, desde que entrei na empresa aonde estou trabalhando atualmente, que recebi um outro celular ( tenho dois, o pessoal, meu número de sempre, e um do trabalho ), do plano corporativo da mesma, para que pudesse fazer contato com o pessoal interno e os técnicos de campo também. Assim, logicamente, acabamos por efetuar contatos entre todo mundo, com custo reduzido, o que é normal em qualquer empresa hoje em dia.
Mas, o grande problema de "herdar" o número de outra pessoa ( ou seja, este número, que eu atualmente estou, era de outro técnico ), é que recebemos direto ligações de pessoas as quais não conhecemos. E, por sua vez, acabamos por ter que retornar as vezes para saber se a pessoa é cliente da empresa ou até, se é algum conhecido do antigo dono do telefone, para, caso necessário, repassar o atual contato do mesmo para a pessoa em questão.
Em geral, prefiro não passar contatos. Pego os dados da pessoa e por sua vez, repasso para o dono antigo da linha, para, caso ele conheça entre em contato.
O melhor caso é este, em que, você, não deixa ninguém saber dados de ninguém, e por sua vez, evita a possibilidade de ser vítima da mais nova modalidade de golpe que apareceu, o golpe do sequestro , ou, do modo como eu gosto mais de chamar, golpe do telefone ( já que ele, hoje, pode inclusive ser um golpe não visando parecer um sequestro, simplesmente ).
A taxonomia do ataque é sempre a mesma. Primeiro, a pessoa recebe uma ligação estranha, em que a pessoa do outro lado da linha tenta arrancar informaões pessoais suas que podem ser úteis em algum golpe. Depois, recebe outra ligação, com os dados já filtrados e finalmente, o golpe acontece.
No meu caso, a coisa foi engraçada. Ligaram para o telefone, hoje, por volta das 22:00 horas ( hora do Brasil ), e como em geral, somente meu telefone pessoal recebe ligações após as 22 horas ( família, amigos etc ), achei estranho e retornei.
Quando retornei, logicamente, a pessoa do outro lado atendeu, e como era celular ( ou seja, tem bina e mostra o número que ligou ), perguntei com quem queria falar. Aí, a pessoa disse que precisava de falar com um tal de Sr. Antônio, que por sua vez, não é nome nem do atual usuário da linha e muito menos do antigo usuário. Logo depois, pediu para que eu esperasse, e começou uma sabatina.
Como achei estranho, fiquei me fazendo de idiota ao responder perguntas como : "este número é atendido em qual bairro ?", bom ... pensei eu ... celular é atendido por qualquer bairro hahahahaha e por aí vai ...
Resumindo, no fim das contas, simplesmente desliguei e deixei a pessoa falando sozinha no outro lado da linha, porque, tiro e queda, queria me tirar informações para depois tentar "ligar" fazendo alguma coisa contra mim.
O legal, é que, nos últimos tempos, tenho me policiado para não cometar alguns erros clássicos, que ajudam em demasia este tipo de golpista :
- Evitar atender falando o nome - pense, caso eu tivesse falado meu nome logo no início da conversa, metade do processo já estaria ganho, pois iriam querer falar com o Ataliba.
- Evitar fornecer dados pelo telefone - se querem lhe fornecer uma promoção, que o façam de um outro modo e provando que realmente são do local do qual estão lhe ligando.
- Evitar divulgar demais seu número - apesar de que, este tipo de golpe literalmente, é feito discando número aleatórios.
Outro jeito legal, é apelar para o São Google, como a Renata fez , e talvez encontrar informações sobre o golpista ...
No fim, não sei se fui quase vítima de um golpe, mas sem dúvida, alguma coisa tentaram agora a pouco ... ou então, era uma mala burra que não sabe que um celular não depende de bairro para ser atendido hehehehehe