Desktops distribuídos - Parte I

Um dos novos conceitos que está reaparecendo, são desktops com cada vez menos coisas instaladas nele. O desktop cheio de programas, está começando a dar lugar a máquinas cada vez mais enxutas e por sua vez, com cada vez menos programas comendo espaço e/ou processamento.
Todo o processamento dos programas e o espaço para guardar os dados estão nos servidores, que servem além dos serviços básicos de rede, as aplicações que estariam instaladas nas estações de trabalho.

Thin Client

O custo/benefício disto é interessante. Os Thin Clients hoje tem um custo reduzido e montar uma estrutura deste jeito com Linux e até, com o Windows 2003, é bem fácil. Além disto, também, o custo dos servidores caiu. Hoje, máquina robustas que a anos atrás somente grandes empresas teriam capacidade de comprar, estão disponíveis a preços interessante, por exemplo, a venda pela Dell ou IBM .
Seja como for, esta realidade, que hoje pode ser encontradas no âmbito comercial e até, no âmbito acadêmico ( vide algumas escolas que já utilizam o conceito do Thin Client ), o usuário doméstico também já começa a ter sua vida transformada em algo remoto.
O Desktop, em casa, hoje, já começa a ter muitos dos seus aplicativos, substituidos por aplicações web, que guardam seus dados em algum lugar.
Uma das primeiras, e mais famosas é o GMAIL , do Google . O GMAIL, tem a intenção de ser um grande storage para seus emails, tornando o famoso hábito de deletar emails uma coisa ultrapassada.
Se levarmos em conta um ser humano comum ( sim, porque há malucos que conseguem encher uma conta do GMAIL, em menos de uma semana ), os mais 2 G de espaço que o Google fornece hoje, podem levar anos para serem cheios. E, por sua vez, fornecer ao usuário a possibilidade de guardar seu histórico de emails para todo o sempre ( bonito isto, não ).
O Google, também, é o rei das aplicações remotas. No seu cast de aplicações podem ser encontrados o Calendar , e outras aplicações, que hoje, parecem estar sendo “somadas”, para virar uma grande suite de escritório on line, onde o usuário vai poder acessar de onde estiver, o mesmo Desktop que ele usa em sua mesa. Seria como, você ter em casa, o mesmo Desktop que você utiliza no trabalho.
Isto, sem dúvida, vai gerar ( como já está gerando ) reviravolta nos hábitos de trabalho.
O Meebo , que já é uma grande mania, está mostrando que não é mais preciso ter o MSN instalado em sua máquina, para acessar comunicadores instantâneos. Ao acessar o site do programa, é só ir conectando em todos os messengers mais comuns disponíveis no mercado.
Por experiência própria, posso dizer que o site é estável e realmente, resolve boa parte dos problemas quando estamos precisando acessar o MSN de algum lugar onde não podemos ( e, como bem disse a Bia , de dispositivos móveis ).

Dispositivos Móveis

O Gtalk , do Google, já tinha feito isto, quando integrou o mesmo ao GMAIL. Ou seja, ao acessar o seu GMAIL, você tem acesso ao comunicador do Google dentro da própria interface web. Isto, sem dúvida, ajuda em demasia quem não quer ter mais e mais coisas abertas no seu desktop. É um caminho sem volta, num mundo em que dispositivos móveis estão cada vez mais presentes. O acesso aos seus dados de todos os lugares do mundo, a qualquer hora que quiser, cada vez mais vai ser mais e mais comum. E, tendo em vista isto, um novo conceito está aparecendo. Os sistemas operacionais on line. Um adendo, quanto a isto. Os sistemas operacionais on line, que todos acabam dizendo ser, na realidade, são interfaces on line, para as mesmas coisas que você faz em seu desktop. O correto seria falar, Desktops on line. Mas, referente a estes Desktops web, pretendo falar em outro post ... tendo em vista que a madrugada já está eminente, melhor ir dormir para não ficar sem ânimo de trabalhar amanhã ...