Uma noite memorável :-)

 

Unholy Tour 2006

 

Sou o típico cara suspeito para falar do Slayer. Aliás, altamente suspeito, pois Slayer, é das poucas bandas que realmente me tirariam de casa para ir ver um show, tendo uma criança de 20 dias aqui. Ou seja, para sair do aconchego do meu lar, para ficar longe da minha menininha, que é literalmente, hoje, a melhor coisa que eu tenho, só mesmo uma banda que praticamente é responsável por boa parte das coisas legais que meu ouvido já teve a chance de ouvir.
Ou seja, quando recebi a notícia que o Slayer viria novamente no Brasil, fiquei doido. A última vez que vi o Slayer ao vivo, foi quando o mesmo foi headliner no extinto Philips Monster of Rock. Aliás, aquele para mim foi um show memorável, em que como sempre o Slayer detonou ( outra banda que fez um bruta show lá, foi o Megadeth ).
Bom, comprei meu ingresso e fui com um bruta certeza de que teria um bom show. Como no último mês, devido a emprego novo, recém nascida em casa, não tive muita chance de acompanhar o que tinha acontecido referente ao Thine Eyes Bleed não vir abrir os shows do Slayer no Brasil. Resumindo, nem sabia que a banda de abertura seria o bom e velho Chakal. Fiquei super feliz com isto, quando cheguei a frente do Credicard Hall, pois estava seco para ver o Chakal detonando as músicas do disco Demon King, do qual inclusive já falei aqui no site, na época em que comprei o cd.
Apesar de ter perdido uma parte do show do Chakal, o que eu vi foi que os caras tiveram um tratamento de primeira, pelo público e pela organização do show. Os caras fizeram um show impecável, instrumental de qualidade, em todos os sentidos, o vocal do Korg estava destruidor, a bateria do Wiz, inconfundível, e os riffs, caramba, totalmente Chakal. Ou seja, o instrumental estava destruidor, e matador. Valeu chamarem o Chakal para banda de abertura do Slayer, pois, além de ser uma banda de responsa ( caramba, são anos de estrada e amor ao metal ), puderam mostrar aos caras do Slayer que Minas Gerais tem muita banda legal por aí.
Bom, fechou-se o Chakal, e era chegada a hora dos senhores da noite entrarem, Slayer. Esta foi uma turnê especial. Para quem é fã, sem dúvida, ter a chance de ver a formação clássica do Slayer junta, é uma honra. Literalmente, rever o grande Dave Lombardo, a frente da bateria desta grande banda, era o que eu sempre quis. E, foi-me dado esta chance hoje.

Formação atual Slayer

 

Caramba, o Dave Lombardo destruiu a bateria. O cara detona nas músicas e poder observá-lo foi algo descomunal. Fiquei sentado a maioria do tempo na arquibancada, observando os caras tocarem. Uma das coisas que mais me impressionou, é o pique deles. Nenhum dos caras do Slayer é moleque ... mas em compensação, estão melhor de saúde que muito moleque por aí.
Da primeira a última música, Jeff Haneman, Kerry King e Tom Araya agitaram e tocaram como a muito tempo eu não via. Como já tinha estado em outro show da banda, sabia que a coisa era bem rápida. O Slayer não é muito de conversar de uma música para a outra, mas deste vez, acho que devido a idade, houveram algumas pausas para os caras tomarem uma aguinha de uma música para a outra.

Foto do site http://programaaltofalante.uol.com.br/

 

A parede sonora que o show do Slayer joga em cima dos ouvidos da gente, podia ser sentida na estrutura do local. A cada porrada na bateria, você sentia que o local tremia, lógico, ajudado pelas rodas de pogo para todos os lados.
Tocaram músicas de todos os discos, Die By the Sword, Seasons in The Abyss, Raining Blood e outras mais por aí. Ou seja, desfilaram todos os clássicos na frente de todos, que cantavam junto a maioria das músicas.
Um ponto legal, foi que eles fecharam com dois dos seus maiores clássicos : South of Heaven, e aquela que nunca pode faltar em um show do Slayer, Angel of Death.
Sinceramente, acredito que para mim e para todos que estiveram hoje no Chevrolet Hall, foi uma noite memorável ( mesmo tendo sentido a falta de alguns outros clássicos, mas, convenhamos, tocar naquele pique todo, o tempo que eles tocaram, já foi realmente coisa de herói :-P ).
Agora, para mim, só falta mesmo o In Flames vir aqui em BH :-)