Já esperava que o filme fosse bom. Pelo menos todo mundo que havia ido ao cinema falou bem. E, fui um pouco sem medo para assisti-lo. Por sorte, a seção que eu e minha esposa pegamos estava bem vazia. Ou seja, não tivemos que ficar aguentando os famosos adolescentes fazendo gracinhas para lá e para cá. No fim, a sorte nossa foi mesmo, que o shopping estava cheio de casais por causa da data de hoje, que é o dia dos namorados.
Assim, foi uma seção bem tranquila. Estava pendendo um pouco mais para ver o filme A Profecia, por ser uma versão de um filme que eu sempre adorei na minha adolescência ( a trilogia da vida de Damien Thorn é um dos clássicos do cinema ), mas como também sempre adorei os heróis da Marvel, ver os X-Men seria uma ótima pedida.
Assim, peguei a seção esperando um bom filme. Ao contrário da maioria dos filmes de heróis que transformam a história do herói em algo totalmente diferente do que você vê nos gibis ( alguém por um acaso, me explica quem é aquele super homem de SmallVille ? ), os filmes dos X Men seguiram mais ou menos a história de um modo super interessante.
Salvo algumas gafes, em que a Kitty Pride, nos gibis é louca com o Wolverine, e outras gafezinhas, o filme segue bem legal.
Pessoalmente, achei que neste filme os Sentinelas iam estar lá para detonar os X-Men, mas na versão cinematográfica eles criaram uma tal cura. Pela primeira vez, os mutantes têm uma escolha: reter sua singularidade, apesar de ela isolá-los e aliená-los, ou desistir de seus poderes e se tornarem humanos.
Os dois líderes mutantes são mostrados do modo certo, eternos amigos que discordam se respeitam ao mesmo tempo que são contrários um as idéias do outro. Magneto e Charles Xavier lá estão, liderando dois grupos distintos.
Wolverine tem uma presença marcante, como em toda a história dos X Men. Ele é a personalidade em eterna fuga de si mesmo, procurando motivos para viver, enquanto é apaixonado pela mulher que está com um de seus colegas ( Jean Grey e Scott Pride ).
O mais legal, nisto tudo na realidade, é quando, após o final marcante de Jean Grey, no outro filme, a personalidade forte da Fênix é liberta. Esta, a mutante mais poderosa das histórias dos quadrinhos tem um papel bem marcante neste filme.
O enredo se mostrou bem funcional e forte, mesmo pessoalmente, eu achando que muitos dos personagens não foram explorados em seu todo. O Fera ficou estranho. Ou seja, parecia um bonequinho do governo, sei lá, não tinha a cara do Fera dos quadrinhos.
O filme é bom e merece ser elogiado. É uma das poucas séries de filmes que ainda não desandou para um caminho estranho. Nada como os Batmans e SuperMans da vida. Parece que a Marvel, sempre tem um bom dedo em produções que envolvam seus heróis, daí a grande qualidade dos filmes envolvendo seus personagens.
O final é estranho e, para quem tiver paciência, fique depois de terminar o filme. Após os créditos há uma grande surpresa, que deixa a abertura para a continuação da série.
Ou seja, ainda não será desta vez, que iremos ter o fim de uma guerra, que merece continuar :-)