Dirceu usa Valério e Renilda para negar mensalão

Fico chocado com o tanto que este povo do PT ainda tem a cara dura de dizer que não participou de mensalão e afins. Ou seja, não adianta, infelizmente, mesmo que o cara seja inocente, atualmente ele está pagando pelos culpados. Se alguém do PT hoje se diz inocente, para mim, ele já é culpado, até prova em contrário. É hora destes “pseudo-santos” do PT começarem a pensar em deixar de querer inocência e realmente, serem inocentes. Dizer que o José Dirceu é inocente é a mesma coisa que dizer que Papai Noel existe …

Ter, 23 Ago - 08h35 Agência Estado

O advogado José Luiz Oliveira e Silva, na defesa do ex-ministro e deputado José Dirceu (PT-SP), encaminhada ontem ao Conselho do Ética da Câmara, seu , argumenta que os depoimentos prestados pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e por sua mulher, Renilda, mostram que “nunca houve levantamento de fundos para pagar a parlamentares, e sim empréstimos junto a instituições bancárias para pagar obrigações de campanhas”.

A defesa do ex-ministro afirma que esses empréstimos bancários, de acordo com as declarações de Valério e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, teriam sido contraídos a partir de fevereiro de 2003, quando Dirceu já estava afastado das funções partidárias e exercendo o cargo de ministro-chefe da Casa Civil.

Dirceu, ao defender-se, reafirma o que declarou em julho ao Conselho de Ética: que não participou de qualquer negociação relativa a empréstimos, nem prometeu qualquer favor aos bancos envolvidos nessas operações. Destaca, também, que não participou da parte financeira da campanha eleitoral do PT de 2002 e que, neste ano, foi um dos coordenadores políticos da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.

Ainda segundo a defesa de Dirceu, não foram apresentadas ao Conselho de Ética provas substanciais do suposto esquema de pagamento de mensalão a deputados da base aliada ao governo. O advogado afirma ainda que o autor das denúncias sobre mensalão - o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) - é “voz isolada” nas referências a esse assunto. O petebista é classificado pela defesa de Dirceu de “imprudente e suspeito”.