Obs : nerd que é nerd não fica um final de semana inteiro longe de computador hahaha Ou seja, na falta de acesso a internet, a gente resolve vir para uma lan house só para ter o prazer de ler alguma coisa na net ou até ,postar alguma coisa interessante. A única coisa chata, é que lan house não libera acesso ssh … um saco hahahaha
Michael H. Hugos/Computerworld
O grande vingador da profissão de TI, Nicholas Carr, está de volta com coisas mais assustadoras e polêmicas para dizer. Eu me divirto quando vejo nossa pressa em refutar seus pronunciamentos. Acho que protestamos demais.
Carr tem razão sobre muitas coisas, e muitos de nós sabemos disso. Grande parte do que fazemos na atividade de TI - administrar redes e sistemas aplicativos e instalar e dar suporte a software empacotado - é necessário, mas não mais estratégico para a maioria das organizações. Ironicamente, como nos tornamos muito bons nestas coisas, elas se tornaram “comoditizadas”.
Agora, com freqüência, faz sentido terceirizá-las para uma utility de TI, da mesma forma que terceirizamos a produção e o fornecimento de eletricidade para uma empresa de energia elétrica.
Na atividade de TI, existe uma grande divisão entre pessoas que fornecem serviços baseadas em seu conhecimento de produtos de TI e pessoas que fornecem serviços baseadas em seu conhecimento técnico profundo. Isso acontece porque a prática de TI está atingindo um novo nível de maturidade.
Até a década de 80, a tecnologia não mudou tão rapidamente e os profissionais tendiam a identificar-se pela linguagem de programação, sistema operacional ou hardware que conheciam. O ritmo de mudança se acelerou no mundo cliente-servidor dos anos 90. Linguagens populares apareciam e desapareciam a cada três ou quatro anos (lembra-se de dBase e PowerBuilder?). Hardware e sistemas operacionais melhoraram e ficaram mais poderosos a cada ano.
Isso obrigou as pessoas a escolherem um, entre dois caminhos. O primeiro foi se dedicar em tempo integral a aprender novas linguagens e manter-se atualizado em relação a uma versão mais recente de um sistema operacional. O outro foi aprender a aplicar um conjunto de técnicas que poderiam ser empregadas em uma gama de situações de negócio independentemente da tecnologia específica em uso.
Tendo em vista que os fornecedores de hardware e software estão se fundindo rapidamente, existem poucos pacotes de software, sistemas operacionais e plataformas de hardware dominantes. A utilização de um sistema ERP, CRM ou de automação de escritório não mais proporciona vantagem competitiva.
A instalação e a operação destes sistemas por um pequeno número de grandes fornecedores de serviços - utilities - estão se tornando rapidamente uma solução muito eficaz em termos de custos. As organizações estão chegando ao ponto em que não precisam mais ter em suas folhas de pagamento pessoal qualificado para operar estes sistemas.
O futuro dos profissionais de TI cujas habilidades se baseiam largamente em conhecimento detalhado de algum pacote de software, linguagem de programação ou sistema operacional em especial está em uma utility terceirizada.
Os profissionais de TI que aplicam um conjunto de técnicas “core” para projetar e criar sistemas que permitam às organizações atingir suas metas específicas são os que vão definir o futuro da profissão de TI. Estes profissionais serão indispensáveis para o modo como as organizações fornecem produtos e serviços aos seus clientes.
Justamente porque os pacotes de software estão tão comuns, o nível de concorrência está aumentando e as oportunidades de crescimento e lucro estão mudando para novas áreas. O lucro não vem mais de levar grandes volumes de produtos “comoditizados” para a maior audiência possível.
O lucro agora vem de envolver produtos “comoditizados” em um cobertor de serviços customizados de valor agregado que os torna incomparavelmente atrativos para cada cliente. E, como todos os serviços de valor agregado são baseados em informação, as empresas precisam urgentemente de profissionais de TI que saibam usar tecnologia para fornecer este valor.
Michael H. Hugos é CIO da cooperativa Network Services e autor de Building the Real-Time Enterprise: An Executive Briefing.
Fonte: ComputerWorld e SBC