E a novela da distro acabou ...

Este final de semana me dediquei aquele famoso esporte nerd que a alguns anos era uma coisa muito legal. Procurar uma distro legal para instalar. Ou seja, fiquei horas e horas aqui no computador pegando distros e testando até chegar a uma que iria ficar no computador de vez.
Para quem pegou a novela toda no Twitter, desde sexta eu havia pegado alguns problemas de dependência do Fedora, devido a uma atualização feita na árvore principal e não replicada para a árvore não oficial do mesmo ( o pacote se não me engano era o gstreamer-plugins-bad, que são os plugins não livres do gstreamer ).
Aí, eu, naquele ímpeto inicial e vontade de ficar na frente do computador no final de semana, acabei tomando a atitude de sair testando outras distros.

De cara, baixei o Slackware 13.0, que seria a primeira opção. Instalei, mas não fui muito feliz. Por ter havido um problema na gravação do cd ( Brasero, como sempre ), ele instalava, mas dava uns problemas de inicialização no Lilo. Resumo, voltei para o Fedora, mas com vontade de achar outra distro.

Como já havia ouvido falar muito bem do Arch Linux, lá vai o nerd aqui instalar o bichinho. Instalei ele em uma máquina virtual e achei que a vida seria boa. Configurei ele rápido com uma ou outra coisa e lá fui para o abraço. Joguei no twitter que iria instalar o Arch Linux e pronto, coloquei ele no Notebook.
Posso dizer que é uma das distros mais legais que já instalei no meu computador. Um misto de Slackware e Freebsd, casado com um gerenciamento de pacotes bem legal. Minimalista ao extremo, para tudo que você queira rodar na sua máquina, você vai precisar baixar e instalar.

De cara, ele é como o Gentoo, um orgasmo na instalação. Mas se torna meio massante após as primeiras 4 ou 5 instalações de coisas que já deveriam estar na distribuição principal. Áudio, baixa pacote, xfce4, baixa pacote, para configurar o vídeo, baixa o hal e também o Xorg. Resumo, ele é tão minimalista que ele precisa que tudo seja instalado. Além de também, forçar você a configura tudo na mão.

O que para quem é iniciante e não pai de família, um paraíso, para mim, se tornou um tormento de uma noite sem dormir, e atrasos em prazos que já passei para amigos, clientes e meus projetos pessoais. Em resumo, fiquei com a máquina não operacional em uma noite, e semi operacional no dia seguinte.

Juntando com o pesadelo que é cair em um mundo totalmente diferente ( sim, o Arch Linux é bem peculiar em suas "características" ), eu acabei tomando família e prazos como foco e voltei para o Fedora.

Mas porque, se no fundo havia uma quebra de pacotes ? Respondo de um jeito fácil. Fedora é um Red Hat, e todos os pacotes tem um rpm com os fontes do pacote. Assim, é só instalar o rpm com o source, editar o rpmbuild e finalmente, reinstalar o pacote sem que a dependência seja quebrada.
Como é um mundo que eu conheço, eu não vou ter que ficar dias e dias tentando configurar algo, para ter o mesmo resultado no fim.

Esta experiência me mostrou algo, que eu e o TaQ estávamos conversando outro dia. A idade vai nos tornando mais "experientes" em focar nos resultados. Ou seja, não adianta nada ficar dias e dias para configurar algo, se no fim, você precisa gerar o resultado, ou seja, uma máquina funcionando rápido.
Assim, estou com o Fedora, porque ainda não me acostumei com a idéia de um dia vir a usar o Ubuntu.
Se, a Red Hat, começar com as mesmas idéias da Novell e ficar dando moral demais para a Microsoft ... aí, eu vou acabar desistindo do Fedora e indo mesmo para o Arch Linux ... ou outra distro mais amigável que esteja por aí.

Para quem curte nerdice, sem dúvida, o Arch é um bom cenário para estudo :-)

Ah, e não pensem que eu desisti dele. Já está em uma virtual ... quem sabe depois de uns 3, 4 meses usando ele na virtual, eu não coloco ele na minha máquina principal ? :-)