Acabei de ver o último episódio da primeira temporada de Fringe. Posso dizer que depois de Eleventh Hour
e Arquivo X
, é uma das séries que eu mais gosto de assistir. Walter Bishop é meu herói, e suas nerdices sempre me fazem rir, mesmo que pareçam irreais.
Ele viaja por entre teorias conspiratórias estranhas, em possibilidades que todos nós que temos um pouco de interesse em ciência sabemos que podem existir. Logicamente, as teorias dele são mais viajantes que as de Eleventh Hour, que é uma série mais pé no chão, mas sem dúvida, Fringe vale ser vista.

A essência da série Fringe se mostrou hoje, ao final do episódio "There's More Than One of Everything". Os experimentos malucos que vimos ao longo da série não são na realidade uma lenda na cabeça de Walter Bishop, e sim, coisas aplicadas inclusive a vida pessoal do mesmo.
É interessante, ver, a câmera passando sobre o jornal e mostrando que Obama estava se instalando na nova Casa Branca ( dando a entender que ao invés das Torres Gêmeas no Universo Paralelo quem foi destruída foi a Casa Branca ).

O multiverso foi na realidade uma teoria que foi discutida durante toda a primeira temporada. E, nestes multiversos várias coisas podem ou não acontecer. O caminhão mostrado neste último episódio provou um pouco disto. Ele foi criado em uma outra realidade, mas ao mesmo tempo, simplesmente não existiu aqui.
Mas a teoria dos multiversos neste último episódio foi mais longe. Caramba, como é interessante isto. Walter explica em sua teoria que a cada dia temos que fazer escolhas, o que nos leva a várias possíveis realidade em uma só escolha. Ou seja, se eu escolhi apertar send neste post, em uma outra realidade, eu poderia o ter apagado, ou atém em outra, nunca o ter começado.
Assim, cada variável levaria o viajante a um ponto específico de alguma realidade paralela. Quando o vilão ( que trabalhou para William Bell, não me perguntem o nome ) procura várias combinações de coordenadas, ele está testando isto. Somente uma combinação X, o levaria ao local exato onde William Bell estaria. Qualquer outra combinação, o levaria a outro local, tal qual aconteceu com o caminhão, que do nada apareceu.
Assim, a série navegará por entre diversas possibilidades malucas, enquanto estiver discutindo este tema.
O ponto interessante foi que Walter realmente aplicou seus conhecimentos. Hoje, foi mostrado que Peter na realidade é um outro Peter. Walter em uma das cenas do episódio está frente a frente com o túmulo do filho morto ( 1978-1985 ), aliás, em dois momentos no mesmo episódio.
Vale lembrar que durante toda a temporada tivemos pistas disto, já que Peter nunca lembrava das coisas da infância que Walter teimava em dizer ao mesmo sobre sua infância. E, ainda, ligamos muito do porque Walter não quer lembrar do passado.
É fácil agora entender o porque de Walter ser tão viajante. Na realidade, ele chegou em um ponto que não consegue entender se está vivendo uma realidade X ou Y. Ou seja, Walter enlouqueceu pois suas próprias teorias tornam o Universo caótico até para o maior dos gênios.
Fringe realmente fechou bem a temporada. Gostei demais do modo como costuraram tudo, mas estou altamente curioso pelo modo como vão levar a teoria do multiverso a cabo nos próximos episódios.
Achei um blog muito interessante sobre a série aqui, para quem curte. O cara discute muitos pontos interessantes da série.
O observador, após este episódio, se tornou uma figura altamente importante na série. Só quero ver como ele vai conseguir costurar tanto multiverso nos próximos episódios da série.
Que venha a segunda temporada ... já estou louco para ver o que mais o Walter vai aprontar nos próximos episódios :-)