GOOGLE CODE JAM 2009 - BELO HORIZONTE

Dia 2 estive no Google Plex aqui de BH para a segunda edição do Google Code Jam. O Google Code Jam é um evento onde desenvolvedores e entusiastas de Software Livre se encontram para conhecer os projetos que estão rolando em sua região e caso haja grande interesse, começar a trabalhar com os mesmos.

 

GOOGLE CODE JAM

 

No fim, parece um Jam de música. Você vai, puxa uma batida de bateria ou então, um solo de guitarra e outro vai lá e começa a tocar junto com você.
O estilão de Jam já começa no modo como as palestras são inscritas. Você chega no evento, escreve seu nome e pronto, é só ir lá na frente e começar a falar na língua nerd que só os nerds entendem hahahaha
Resumindo, evento mais que legal, para quem curte código.

 

GOOGLE CODE JAM

 

Este ano eu meio que participei por pura sorte. Como no final do ano e começo deste minhas caixas postais haviam se tornado um verdadeiro caos, nem vi que o pessoal havia mandado um email com a data do evento e ainda, inscrições abertas.
Resumo, eu acabei perdendo a inscrição.
Até semana passada eu não iria, mas houve uma desistência e eu consegui uma vaga para estar no evento. Resumo, nerd a caminho.

 

google code jam

 

O ponto legal de todo evento deste tipo é ter contato com os nerds da cidade. Ou seja, todos os viciados em código livre estão lá.

E lógico, acabamos por conhecer pessoas e projetos legais.

Este ano, ao contrário do ano passado, já pelas amizades que consegui fazer no outro ano estive com mais gente para bater papo ( e neste ponto, o encontro deste ano foi mais solto, com o pessoal conversando com todo mundo ). Resumo, vamos ao eventos em si.

O padrão foi o mesmo, só com algumas mudanças na disposição do local ( apesar de que achei a disposição das mesas e afins melhor no ano passado ). Era o pessoal chegar, conversar um pouco, e esperar para o início das apresentações. Foram poucas este ano.

No geral, achei que as apresentações foram melhores que no ano passado, mas houve uma pequena defasagem em termos de número de apresentações. Este ano, ao que parece, o pessoal estava um pouco tímido em apresentações.

Poucas ou não, vamos a elas. A primeira apresentação, foi do próprio Google ( Scott Kinwood). Eles estavam nos apresentando o Wave, uma nova plataforma de colaboração que o Google está lançando.

Na realidade, ele funciona, pelo menos ao que eu entendi, como uma API aberta, onde os desenvolvedores podem lançar módulos ( programas ) para rodar numa boa nela. Ou seja, é, como sempre, uma prova que o Google acredita no conceito de comunidade.

 

GOOGLE WAVE EM AÇÃO

 

O programa mostrado foi um pequeno robô, que respondia algumas requisições de uma palavra X e a traduzia para outra palavra Y. Ou seja, muito, muito legal :-)
Atualmente, esta plataforma suporta Java e Python, sendo o Python o suporte mais estável ao que parece. O produto vai demorar um pouco a sair para o mercado, mas quem esteve no encontro vai ter uma conta disponível para nerdar um puoco lá dentro.

A estratégia do Google é colocar os desenvolvedores para testar e desenvolver aplicativos para a plataforma e quando ela sair para o público, vai estar altamente estável e utilizável. Uma estratégia que o Google consegue, mas uma Microsoft, por exemplo, nunca conseguiria.

Fiquei muito curioso com a plataforma ( principalmente pela parte em Python ) e já estou aguardando ansiosamente para conhecê-la.

Quem quiser saber um pouco mais sobre o Wave, nada melhor que uma página do próprio Google, clique aqui e conheça o produto.

Quem falou logo após o Scott foi o Ricardo Bittencourt ( aliás, um detalhe. Caramba, ele parece demais como TaQ ) . Bem, ele falou sobre Emuladores que é o forte do trabalho do cara, mas pelo que eu vi ele é um Jedi da Eletrônica. 

Ele mostrou como trabalhar com emuladores  e seu trabalho com emuladores. No fim, ele mostrou os seus emuladores e a mágica de baixar um hardware. Sério ? hehehehe È, mas vou explicar. 

 

RICBIT FALANDO

 

Na realidade, você compra uma placa genérica que suporta várias programações de hardware via uma linguagem específica, onde você coloca as características que aquele chipset programável vai suportar. A partir dali, vocẽ pode instalar qualquer tipo de programação no seu hardware, vai poder emular qualquer tipo de hardware ali. 

Isto é legal, porque quem desenvolve emuladores pode finalmente ter uma idéia de como a coisa rodava naquela época e naquele hardware específico.

Me interessou deveras e eu devo entrar em contato com o Ricard Bittencourt para trocar algumas idéias. Quem quiser conheceru m pouco mais sobre o trabalho do Bittencourt, é só seguir para o blog do cara :-) 

Depois, veio o Rafael Sachetto falar sobre o USPC, ou melhor, o Ubuntu Simple Package Crawler. A função deste projeto é a seguinte. 

 

USPC

 

Ele faz um crawling dos pacotes e suas dependências no Ubuntu. Ou seja, vocẽ está sem uma placa de rede instalada e precisa de instalar os pacotes de desenvolvimento. Bom, os pacotes de desenvolvimento tem n dependências.
Imagine vocẽ ter que resolver isto na mão, entrando e voltando de um dual boot ? Resumo, vocẽ iria ter literalmente um ataque nervoso antes de terminar a instalação.

O USPC faz isto para você. Você entra no Windows ou outro Sistema Operacional que esteja em dual boot e baix aos pacotes necessários. Depois, monta aquela partilção e instala todos os pacotes necessários sem problema. 

É um projeto super legal, inclusive útil para distribuições como o Zuza Linux ( SuSe ) ou até os derivados do Red Hat.
Até porque, em todas este problema acontece.

Depois desta dual seção nerd, veio mais um para falar de outra coisa interessante. O Gnome Lovers. Bom, eu não gosto do Gnome, portanto, já viu né. Não foi tão interessante para mim. 

Mas é uma iniciativa interessante pois ajuda quem quer entrar em um projeto grande, mas não sabe como. Resumo, uma tag gnomelovers é colocada em todo o pedaço de código que o desenvolvedor acha que pode ser legal para algum iniciante mexer. Ele coloca esta tag no bugtraq deles e ela fica disponível para quem quiser mexer.
Assim que o cara terminar, o desenvolvedor dono do projeto, vai ver o código e dar as dicas necessárias para ele fique dentro do padrão Gnome.

Uma iniciativa legla, que deveria ser seguida por todos os outros projetos por aí. 

Logo adispois, se eu não me engano, foi uma palestra do Fabricio Ceolim, que de tão interessante que foi, eu esqueci inclusive de tirar fotos hahahahaha
Mas vamos lá, os caras desenvolveram uma interface entre o Cacic e o Vpro da Intel. Em resumo, o Vpro da Intel é uma camada que fica ainda na "inicialização" do hardware, que mantém a máquina ativa na rede, mesmo que ela ainda não tenha carregado o Sistema Operacional.

Com isto, é possível remotamente se fazer incursões que só poderiam ser feita ao vivo, como reinicializar a máquina e instalar um novo sistema operacional e outras coisas mais. Inclusive, a Intel tem uma tecnologia legal, chamada de "redirecionamento de ide" onde você redireciona a IDE para a rede, ou seja, vocẽ consegue carregar remotamente blocos de dados que não poderiam ser carregados anteriormente. 

Tudo pode ser feito via browser, ou seja, vocẽ tem um módulo do Cacic onde você pode fazer isto. 

Isto mostra o quanto um Software Livre pode crescer. Anterioremente o Cacic era somente um software para levantamento de Hardware e hoje, ele é um software para gerenciamento completo de sua rede. 

Faz frente, sem dúvida, com outras soluções proprietárias por aí, sem medo. 

Por fim, veio o Germano Riso  e o Vinicis Tinti para falar sobre um projeto que desenvolveram no CEFET. Corrijam-me se estiver errado, please. Bom, ao que eu entendi você instala um software em uma  máquina específica e faz a replicação desta instalação para uma série X de máquinas. 

A grande vantagem é: você consegue em pouco tempo, fazer um trabalho que anteriormente teria que ser feito máquina a máquina. 

O mais legal foi onde eles buscaram a idéia para esta replicação. Do BitTorrent. Ou seja, de cara o único que fornece é o servidor, depois outra máquina e por fim, outras n na sua rede. Ou seja, tudo fica mais rápido e objetivo, para terminar com o gap que temos de instalação. 

É interessante para laboratórios de escola, para empresas que tem parques grandes de máquina e tem que instalar toda hora uma coisa nova e por aí vai. 

Na realidade, estou esperando mesmo eles colocarem a coisa disponível para que eu teste, pois sem dúvida, é um projeto super interessante e útil para muitas empresas por aí. 

Logo após eles voltou o Ceolim para falar de uma experiência dele de colocar o Software Livre em uma empresa de produção de computadores, onde eles aplicaram mais ou menos o mesmo princípio do projeto do Germano Riso.
E outras coisas mais ... mas este não ficou tão claro mesmo, porque foi meio no final e ele apresentou meio na correria.
Valeu a pena mesmo como experiência para saber que o SL está fazendo frente a soluções proprietárias que não estavam atendendo plenamente o pessoal desta empresa.

Ou seja, o evento foi ótimo ... valeu a pena aparecer por lá ... e fico esperando agora no Open Source Code Jam do ano que vem que espero ser tão bom como foi este ano. 

Como sempre há álbuns,, as fotos que eu já vi on line, são o meu e do Emerson Broga. Além disto, a busca no twitter pela tag osjambr