Sinceridade ? Vamos aos pontos. A campanha de segundo turno em Belo Horizonte está uma baixaria só. E o mais chato é que temos que escolher entre o menos pior dos candidatos.
Desde o início da eleição deixei claro minha posição. Márcio Lacerda não era o candidato em que eu botava mais fé em termos de competência e propostas, era o Sérgio Miranda. Sim, compentente, claro e objetivo nos que falava, o que, por sua vez, não acontece com o atual líder da campanha em Belo Horizonte.
Minha cidade Natal, como eu disse é Divinópolis, e lá aconteceu aquele famoso fenômeno do voto protesto. O pessoal votou em um tal de Vladimir Azevedo, que no fim das contas, foi um voto contra o Galileu, que já foi várias vezes prefeito lá. Não vou entrar em detalhes, porque como já disse várias vezes aqui, Divinópolis é uma cidade que já está morta em termos de desenvolvimento, boas empresas para trabalhar etc etc ( ou seja, no fim, um cadáver ambulante ) .
Esperemos que este prefeito consiga fazer alguma coisa, para uma cidade que realmente, já foi boa para morar.
Mas, voltando a Belo Horizonte, a coisa aqui está engraçada. Analisemos de cara o bom garoto, evangélico ( já perdeu meu apoio total só de ser evangélico ). Desde o início da campanha que eu vinha vendo com cuidado o sotaque forçado, as propostas de amor infindável ao eleitor e o modo como ele olhava nos olhos das pessoas ao falar.
Leonardo Quintão, com a pose de roceiro de interior, começou a falar a língua dos menos favoridos, aqueles que não analisam o todo quando votam.
Ele promete aquilo que todo mundo quer ouvir ser prometido, ele afaga o cara que não consegue chegar a algum lugar, resumo, ele é o santo protetor das pessoas.
O grande boom que ele conseguiu nesta campanha, desde o início foi que Márcio Lacerda, foi atacado de todos os lados. Ele, como candidato indicado pelo Aécio Neves e Pimentel, foi visto como péssimo partido pelos outros simplesmente porque tinha a máquina a serviço dele ( mais ou menos como foi com o Lula na reeleição ).
Não vou dizer que concordo ou discordo do nome de Márcio Lacerda. Só vou dizer sim, que estamos pessimamente servidos de candidatos a prefeito em BH.
Márcio Lacerda e Quintão tem perfis parecidos. São imagem de um país carente de líderes. Ao invés de um cara de propostas, BH votaria em Márcio Lacerda, para continuar o bom trabalho feito por Pimentel em socidade com o Aécio Neves.
Já, Leonardo Quintão, é um voto de chute. Ele não convence ninguém ( alguém engole aquele sotaque em um cara que já estudou no exterior ? ) e tem como pai um cara que ferrou com Ipatinga. Ou seja, vou votar nele, porque pelo menos ele é novinho e tem cara de bonzinho.
O que mais me choca, neste finalzinho de campanha, é a baixaria que tomou conta do segundo turno em BH. Caramba, parem de se atracar.
A última foi que o bom moço foi "atacado" em público, em um debate em uma escola qualquer aqui de BH. O mais engraçado, é que friamente analisando, temos dois lados de uma moeda.
Para Leonardo Quintão, é ótimo um acontecimento deste. Como Lacerda é visto como "coronel" ele se faz de vítima e ainda, posa de bom moço para todos. Assim, ele também pode ser visto como um cara que pagou para que isto acontecesse.
Ao mesmo tempo, Marcio Lacerda, pode ter "vantagens" com isto, pois amedrontado, o outro candidato pode começar a "mudar" seu discurso e perder votos. Além disto, vendo mais e mais ataques do mesmo em seu programa ( Quintão ) o eleitorado pode começar a prestar atenção nas propostas do Márcio ( ou seja, tal ataque também poderia ter sido pago pela equipe do Márcio ).
Fim das contas, o que vemos é que toda baixaria do segundo turno, tira a confiança de quem tem bom senso, nos dois candidatos.
Confiança em um deles, é um luxo da população de baixa cultura.
É, sim, uma pena estarmos caminhando para quatro anos de muita dúvida, em um período tão complexo como este que estamos agora ( crise mundial ). Se para uns o otimismo pode ser grande, para quem analisa com frieza o atual cenário, sabemos que muita, mas muita coisa ruim, pode acontecer nos quatro anos que estão para começar em janeiro do ano que vem ...