Uma das formas mais fortes de propagação da cultura cristã, é a divulgação entre famílias, ou entes queridos.
Os pais, bem intencionados ou não, resolvem, desde cedo que a religião a qual eles proferem, deve ser a religião que a criança, nascida naquele berço, deve seguir.
Concordando ou não com isto, é uma realidade. Um post no Diária Ateísta, bem radical por sinal, mostra um pouco isto.
Toda a cultura cristã, tal como qualquer cultura religiosa, é feita de rituais de iniciação e afins. E, estes rituais pela sua força de indução acabam programando/reprogramando a mente do indivíduo, levando-o a proferir uma ideologia em questão.
Analiso estes fenômenos religiosos e ideológicos como qualquer outro fenômeno. A mente humana precisa de provas para que ele continue acreditando em algo.
A cultura religiosa, em questão, normalmente profere que somente aqueles que seguem aquela religião são escolhidos por uma divindade para serem felizes, ou melhor, detentores das coisas boas do mundo. E, quando, existem pessoas que são felizes fora daquilo que eles seguem, isto causa uma pequena dúvida na certeza que o cara tem que sua religião é a certa.
Mas a programação mental de uma criança vai um pouco mais longe. Pais, na ânsia de manter aquela cultura viva na família ( pois na visão deles aquilo é bom ), colocam na cabeça da criança que aquilo é bom. Na realidade, isto pega num ponto de defesa. Se você é criança, tudo aquilo que seus pais falam, vai ser "aceito", pois eles são seus heróis. Assim, na sua cabeça, sendo bombardeada por diversos rituais, idéias e filtros, se forma a idéia de que aquilo é bom.
Com o tempo, mesmo que apareçam provas de que aquilo é ruim ou falso, você vai sempre achar um modo de filtrar e manter sua programação original. É, aí, sim, que as culturas religiosas crescem, pois, programando indivíduos, eles literalmente farão seus filtros para o que vier de novo que possa tentar ir contra aquilo que acreditam.
Desprogramar-se, é difícil, pois a idéia de um deus que irá sempre lhe confortar nos momentos de dificuldade é muito melhor que a idéia de que você é responsável por si mesmo. Nem todos os seres humanos, estão preparados para viver por si só, sendo ético sem precisar de alguém para dizer-lhe o que fazer.
E, é aí, que entra o conceito de religião. Uma condição para o indivíduo viver sua vida, não aceitando que ele é somente uma parte do todo ( universo ), que surgiu do acaso, e que, ninguém, além dele próprio, é responsável pela sua felicidade ou tristeza.