Bom, os posts sobre a operação Persona parecem ter rendido um pouco de discussões por aqui. Primeiro, porque eu acabei explicando pouco a minha visão do problema e ainda, coloquei o famoso jargão de uma empresa ser a melhor ou, falando mais claramente, um padrão de mercado.
Isto incomodou muitos, que acabaram dizendo que eu deveria estar levando algum da Cisco ( eita, uma graninha a mais este mês seria, sinceramente, uma coisa super legal ), o que, na prática não acontece.
No fim, o que as pessoas não entenderam, porque se prenderam a pequenas frases era : minha preocupação era a mesma de todos. Se um grande projeto se baseia em hardware Cisco e ela pára de vender no Brasil seus produtos, o que fariam aqueles que se baseiaram nos produtos da mesma ? Como iriam alguns projetos continuar, já que nem sempre o hardware de um fabricante é compatível com o do outro ?
O que me preocupa, nestes casos em questão, como o da Cisco, agora, é que a falta de padronização em ativos de rede pode levar um dia, a um grande problema, caso grandes empresas parem de atender áreas específicas do globo.
Mas, o caso é complexo, sob a ótica jurídica. Houve sim, gente trazendo hardware a custos mínimos, fazendo com que outros vendedores perdessem licitações e outras coisas mais, porque se o padrão de mercado tem preço e marca, logicamente, ele vai ser o primeiro a ser escolhido.
Pelo que falou hoje o ComputerWorld, me parece que alguns executivos já foram liberados, mas o "pente-fino" continua. E, pessoalmente, acho que deve ir até o fim mesmo.
Este caso mostra que o mercado, por ser altamente disputado, literalmente deve ser revisto e sempre, auditado por ele mesmo. Quando se vende ou compra hardware de alta qualidade a preços irrisórios, algo deve estar acontecendo. Não se compra por exemplo, uma estação Sun ao mesmo preço que uma estação Dell. São nichos e qualidades diferentes, cada uma no seu local.
Assim, ao querer levar vantagem no preço, o usuário também é conivente com este tipo de ação. Enquanto houver comprador para o que leva a alguma vantagem, haverá o vendedor.
A Mude, que foi agora pega, pode ser só a primeira. Quem garante que não tem mais gente por aí, fazendo a mesma coisa que a Cisco fazia ?
Como diz um amigo meu : quem garante que esta operação, não foi para pegar um "boi de piranha" para proteger outras organizações mais fortes por aí ...
Fim das contas, é esperar para ver ... apreensivo ou não, o mercado agora deve tratar de se armar para outros acontecimentos deste tipo ...