Capitão Nascimento virou um tipo de novo herói da web. Na realidade, o jeitão radical de falar do personagem interpretado pelo ator Wagner Moura, mostrou que Chuck Norris não é o único imortal que anda pelos confins dos bits/bytes da internet.
Seja como for, o filme realmente é forte e incomoda para caramba, porque toca fundo em instituições tidas como intocáveis e a própria sociedade e a alienação dos jovens atualmente.
O que mais é engraçado sobre este filme é que ele alimentou ódio e ao mesmo tempo, admiração. Ódio, de pessoas que se sentiram atacadas por ele, e admiração, porque é um filme seco, que fala sobre aquilo que todo mundo sabe, só que de modo bem radical e detonante.
O filme é literalmente um Cidade de Deus não bonitinho. Ao contrário de mostrar a situação do pobre no morro, ele mostra a situação dos caras que sobem o morro para tentar defender a mesma sociedade que os critica duramente todos os dias.

Sim, porque filme que mostra tortura, filme que mostra que o morro é controlado por traficante e que mostra que riquinho é amigo dos mesmos, é falacioso e criminoso.
Ataca a famosa redoma dos movimentos pseudo-sociais como os Viva Rio da vida e afins.
Mostra que lá, escondido nos confins de algum lugar, existe algo podre pairando todos os dias em todo o ar, e teimamos em não enxergar.
Na realidade, Tropa de Elite é um filme que critica o sistema como um todo. Sistema este dos quais nós fazemos parte e teimamos em não enxergar.
O próximo passo pelo menos para mim, é comprar o livro Elite da Tropa para dar uma lida. Se ele seguir a mesma linha do Rota 66, que tem uma temática parecida só que falando da Rota, de SP, garanto que vai ser um dos melhores livros que eu já li.
Ah, minha opinião sobre o filme. INDISPENSÁVEL VÊ-LO, até porque, ele é cinco real em qualquer barraca da esquina ... se bem que ... vale a pena ir vê-lo no cinema.
Imagina o Capitão Nascimento na telinha grande hehehehehe