ESTOU ATRASADO MAS FINALMENTE EU OUVI O UNITED ABOMINATIONS

Não sei em que data foi lançado o disco United Abominations do Megadeth. E, ainda, reconheço plenamente que estou totalmente atrasado para falar do disco.
Mas tenho minhas explicações. Com bebê, esposa e bagunça na minha vida durante muito tempo, perdi o hábito de visitar sites que eu sempre visitava, como o da Rock Brigade e ainda, o Whiplash, literalmente o maior portal de Rock deste país ( não é puxar o saco, mas realmente, é um portal muito, muito legal mesmo ).
Ontem, como minha esposa já havia descoberto quem matou a Taís na sexta-feira, me permitiu zapear pelos canais durante algum tempo. Nesta zapeada eu acabei caindo no programa Stay Heavy, que sempre passa uns clipes legais, acabei vendo um clipe de uma versão nova da música Toute Le Monde, com a participação da vocalista do Lacuna Coil, Cristina Scabbia que tem uma voz um pouco diferenciada da maioria destas vocalista de Gothic Metal ( tudo bem, eu me rendo, eu também gosto do Lacuna Coil hehehehe ).
Isto me causou aquela famosa dúvida : ué, em qual disco do Megadeth eu tenho esta música ? Porque em nenhum que eu tenho aqui em casa, tem a mocinha aí cantando.
Aí, ao final do clipe eu vi o nome do disco onde a música estava : United Abominations.
Fiquei louco e em pouco tempo já estava com as MP3 aqui em casa para ouvir, porque criei o hábito de sempre ouvir algo primeiro antes de comprar.

 

CAPA UNITED ABOMINATIONS

 

Sinceramente, posso dizer que o Dave Mustaine conseguiu mandar bala em mais um grande petardo. Fiquei abismado quando queimei o cd e coloquei no som para ouvir. SleepWalker abre o cd com chave de ouro, sendo uma música rapidinha, com refrão grudento, poder de fogo acertado e cara de Megadeth. Ou seja, uma música colocada no lugar certo, na hora certa, para te prender para ouvir o resto do disco.
Aliás, ordem de músicas sempre foi algo meio certeiro nos discos do Megadeth, coisa que os produtores e o próprio Mustaine sempre tiveram muito cuidado.
A segunda música, Washington is the Next, tem uma levada mais pop, mas tem uma coisa interessante, relacionada a ela. Por algum motivo maluco, alguns fãs ( e até o Iron Maiden, sei lá ), conseguiram achar um plágio em meio a ela, relacionada a música Wasted Years do Iron Maiden ( se bem, que, hoje em dia plagiar Iron Maiden, é uma especialidade do próprio Iron Maiden, que continua fazendo um plágio atrás do outro, de si mesmo, em cada disco, redimindo qualquer outra banda de precisar plagiar os mesmos ), coisa que sinceramente, eu não vi. O que eu vi foi uma certa influência ( normal ) de Iron Maiden totalmente visível na maioria das bandas da época do Megadeth ( caramba, Mustaine foi guitarrista do Metallica gente hehehehe ), coisa ainda visível em muita banda hoje em dia.
Never Walk Alone, a terceira música, meio estranha, e por sua vez, não me conveceu plenamente. Sei lá, ela tem cara de instrumental meio Dream Theater, com um ar de sei lá onde eu estou. Uma música, talvez, dispensável no disco, mas se está nele, tem algum motivo. Eu, que, talvez, não tenha conseguido chegar a entender o porque da mesma hehehehe

Bom, o que eu posso dizer é que o disco é bom. Não vou ficar discorrendo música após música, porque senão o post vai ficar enorme e não vai cumprir o que eu quero, que é levar alguém a ouvir e comprar o cd. Sim, porque este é um típico cd que merece uma compra, e não ficar com um cd ripado em casa ouvindo no som.

Uma outra música que me chamou a atenção foi Blessed are the Dead, porque me lembrou em muito o Anthrax, em seu Sound of White Noise. Como sou fã do Anthrax na fase John Bush ( cara, tenho ojeriza ao Anthrax com o vocalista Joey Belladonna ), nada mais legal que ouvir num disco do Megadeth uma música que lembre a Hy pro Glo, do disco que eu citei acima.
Outra que eu achei legal, e que por sua vez, foi criticada até no site Whiplash, foi a Tout le Monde. Vou ser sincero, gosto demais desta música, principalmente, pelo ar maluco que a tradução da mesma tem. Ela na realidade, é, como uma carta de suícidio doentia, em que o cara mostra o porque ele está indo, e como o mundo deveria ter sido melhor com ele.
Os vocais casados da Cristina Scarabia, com os do Dave Mustaine, atuais, deram um ar de melancolia maior a música. Como o instrumental está mais rápido e a voz do Dave, um pouco mais poderosa, talvez, ela não tivesse este clima sem o vocal da Cristina.
Ou seja, a meu ver, foi certeiro a escolha da moça para participar do disco e na música certa ;-) Salvo as devidas correções, ainda por cima, o instrumental ainda lembrou muito o Megadeth na formação clássica do Rust in Peace.

 

MEGADETH NA FORMAÇÃO ATUAL

 

O instrumental, aliás, a meu ver está um caso a parte, diga-se de passagem. Apesar de não haver nenhum membro da formação clássica do Megadeth, sinceramente, o instrumental me lembrou em diversos momentos da formação que gravou os grandes clássicos da banda.
Sei lá, mas o batera, então, me lembrou em muito o Nick Menza , cara que eu pessoalmente sou super fã ( gostava para caramba do jeitão do cara tocar ).

Por fim, só posso dizer que o Megadeth brindou-me com um bom disco, simplesmente provando que o grande Mustaine ainda tem muito a fazer pela Metal enquanto ele conseguir tocar guitarra ( sim, ele sofreu um acidente a algum tempo atrás que o impedia de tocar guitarra, parece que no braço ou na mão ), já que ele disse que talvez pare de tocar, já que os problemas de saúde ( já citados ), estão tornando cada vez mais difícil o ato de tocar guitarra.

O que realmente, me chocou, foi o maluco dizer que este disco é a última chance dele fazer algo relevante para a música mundial. Caramba, um cara que conseguiu gravar os clássicos que ele gravou, precisa de se preocupar em fazer algo relevante para a música mundial, novamente ?
Seja como for, ele e sua atual trupe, conseguiram fazer algo altamente relevante, com este disco, e sem sombra de dúvida ... se ele parasse a carreira agora, ele a fecharia com chave de ouro ( caramba, os caras do Metallica devem se morder de inveja de nunca terem conseguido ser os músicos do que Mustaine sempre foi hehehehe ).

Somente a título de completar a review, completam a trupe os músicos Glen Drover (guitarra), Shawn Drover (bateria) e James Lomenzo (contrabaixo).