Por: Kristan J. Wheaton
Original em: http://sourcesandmethods.blogspot.com/2011/06/part-9-departures-from-intelligence.html
Outros autores, no entanto propuseram versões radicalmente diferentes do ciclo da Inteligência, derrubando velhos conceitos numa tentativa de descrever com mais precisão como a Inteligência é feita no mundo real.
A primeira destas tentativas foi feita pelo veterano acadêmico e ex-agente da CIA Arthur Hulnik, que foi a matriz de inteligência. Hulnik acreditava que a Inteligência era melhor descrita por uma matriz ( ver imagem abaixo ). Para Hulnik havia três atividades principais, parte das quais em muitos casos ocorrem ao mesmo tempo. Estes três “pilares” foram coleção, produção e suporte e serviços. No modelo de Hulnik embora capture muitas das funções da Inteligência parece não fornecer muita orientação de como realmente fazer Inteligência.
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Peter Pirolli e Stuart Card do Centro de Pesquisa de Palo Alto tentaram redefinir o ciclo da Inteligência ( conforme imagem abaixo ). Este redefinição ganhou alguma força fora da comunidade de Inteligência. Embora muito mais complexo que o ciclo e, normalmente visto como uma opção ao mesmo, o modelo de Pirolli e Card é ainda muito sequencial e circular com todos os limites que este modelo acaba implicando.
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Provavelmente a mudança mais recente e de maior sucesso fora do ciclo de Inteligência, no entanto, é a abordagem de Robert Clark que tem como alvo central a análise da Inteligência ( veja a imagem abaixo ). O que faz a visão de Clark única em vários aspectos é que ele não tenta somente descrever o processo da Inteligência atual mas sim, ele está tentando examinar como realmente a Inteligência deve ser feita.
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Clark rejeita expressamente o ciclo da Inteligência e defende uma abordagem mais abrangente, que inclui todos os “consumidores” ( stakeholders ), ou seja, todos os indivíduos e organizações que potencialmente são afetados pela Inteligência. Clark afirma que, para incluir este público, o ciclo deve ser redefinido, não para a conveniência de implementação de uma hierarquia tradicional, mas para que o processo possa tirar proveito da evolução da tecnologia da informação e lidar com problemas complexos.
Clark chama isso de “abordagem centrada no alvo” porque “o objetivgo é construir uma imagem compartilhada do alvo a partir da qual todos os participantes podem extrair os elementos de que precisam para fazer seus trabalhos e para o qual todos podem contribuir com seus recursos e conhecimento. “Essa abordagem faz um trabalho muito bom de descrever uma relação entre o profissional da Inteligência e o tomador de decisões que ele ou ela suporta.
Esta descrição de como a Inteligência deve trabalhar parece se encaixar bem com pelo menos algumas das iniciativas desenvolvidas pela comunidade de Inteligência da Segurança Nacional. O exemplo da Intellipedia discutido em um post anterior parece particularmente próximo a visão de Clark de como a Inteligência deve funcionar.
O que não fica tão claro é qual veio primeiro. A Intellipedia é uma extensão natural do pensamento de Clark ou Clark apenas identificou o valor de uma sociedade mais inclusiva, interativa, ou seja, mais compatível com a Intellipedia ? Além disto, além de descrever uma relação ideal entre inteligência e tomadores de decisão, como o produto da inteligência realmente aconteceu ? Sobre este ponto, como acontece com de Hulnik o modelo oferece muito pouca orientação.
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