Por: Kristan J. Wheaton
Original em: http://sourcesandmethods.blogspot.ca/2011/06/part-11-new-intelligence-process-first.html
Um dos temas mais envolventes a emergir deste estudo do ciclo de inteligência e, principalmente, as suas críticas é que o processo de inteligência precisa ser visto como parte de um processo de decisão maior e, mais especificamente como algo que tem suas próprias, e originais, funções.
Tentando unir esses dois aspectos do processo, um macro e holístico e outro, micro e específico, parece-me ser demais pedir isto de um só diagrama, por isso tenho em mente que é mais plausível dividir o meu entendimento do processo de inteligência em duas imagens.
Vale a pena se perguntar neste momento: porque o processo de inteligência precisa de uma imagem para tudo ? Porque não usar a simples simbologia das palavras ? Além do valor psicológico demonstrado pelas imagens em ajudar as pessoas a compreender temas complexos, o que vier a substituir o ciclo de inteligência também terá que substituir a imagem do ciclo de inteligência. Eu não vejo nenhuma alternativa realista para combater fogo com fogo.
Também pode ser interessante perguntar: se você está caminhando para utilização de duas imagens, porque não mais ? Porque não uma dúzia ? Porque não uma centena de fotos ? Eu reconheço o risco da proliferação de imagens. Os sentimento anti-Powerpoint que são prevalescentes em muitos líderes atualmente, muitas fotos podem ser vistas como desordem. Em resposta, eu posso dizer que tenho utilizado as duas imagens que eu irei propor nos próximos posts em minhas aulas, em meus projetos e em uma série de reuniões com os tomadores de decisão de alto nível por vários anos. A resposta tem sido muito positiva.
A primeira foto ( veja abaixo ) define a relação geral entre a inteligência e as operações, com o decisor que elas apoiam. É muito claro ( ou pelo menos deveria ser neste momento ) que o processo de inteligência não pode ser visualizado em um grande vácuo. Se é correto falar de um “processo de inteligência” de um lado da moeda, é igualmente importante aos profissionais da inteligência perceber que há um “processo operacional / planejamento”, tão importantes ou mais importantes que os processos constantes do outro lado.
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Estes dois lados se sobrepõem de forma significativa, especialmente no que diz respeito aos objetivos, especialmente no que diz respeito aos objetivos, as metas e as pessoas da organização. O profissional de inteligência, é, no entanto, focado externamente e tenta responder as perguntas “O que é o inimigo/ criminoso / qual competição é ?” e “quais as ameaças e oportunidades em meu ambiente ( corporação )?”
O lado operacional da moeda é mais focado em questões como “Onde vamos colocar a nossa polícia / forças militares ?”, “Como é que vamos treinar nossas forças / empregados ?” ou “Quais são os planos que precisamos criar ou estar preparados para prováveis contigências ?” De muitas maneiras a diferença entre operações e inteligência é a diferença entre “nós” e “eles” e a questão operacional fundamental é: “O que vamos fazer ?”. E está embutido nesta distinção a diferença entre uma estimativa e uma recomendação.
É a partir desta visão compartilhada de propósitos e objetivos da organização que as necessidades da inteligência devem emergir. Com poucas exceções, não parece haver muita preocupação entre os vários autores que escreveram sobre o processo da Inteligência sobre onde, exatamente, as exigências aparecem. Enquanto a maioria reconhece que as exigências vêm dos decisores que têm dúvidas ou precisam de estimativas para ajudá-los a tomar decisões, é também apropriado que os profissionais de inteligência possam levantar questões ou fornecer informações que não foram solicitadas especificamente quando estas são relevantes para os objetivos e propósitos da organização. Em suma, parece haver espaço para ambos: o “eu preciso disto” vindo de um decisor quanto também do “Eu acredito que você irá gostar de saber disto” vindo de um profissional, desde que isto seja relevante para os objetivos e propósitos da organização de inteligência.
Teoricamente, pelo menos, a visão compartilhada dos objetivos e propósitos da organização deve tornar o processo de feedback do decisor melhor. A possibilidade teórica de feedback, no entanto, é regularmente comparado com o percepção comum da realidade, pelo menos no âmbito da comunidade de segurança nacional dos EUA, em que o feedback ad hoc é a melhor das hipóteses.
Lá, os profissionais de inteligência preparando a inteligência são muitas vezes tão distantes dos tomadores de decisão que estão apoiando, que o feedback é uma ocorrência muito rara e, quando ele vem com tudo, normalmente é porque houve uma falha na análise ou nos produtos. Alguns profissionais de inteligência têm ido mais longe a ponto de afirmar que “não são apenas falhas de inteligência e os exitos da política”, sugerindo que a inteligência é muitas vezes um bode espiatório conveniente para más decisões, enquanto eventuais sucessos do decisor ela raramente recebe crédito.
É questionável se esta percepção da realidade aplica-se a disciplina de inteligência ou até mesmo dentro da comunidade de segurança nacional mais amplamente. Particularmente, em um nível mais tático, onde o profissional de inteligência muitas vezes compartilha a mesma trincheira, por assim dizer, que o decisor, torna-se óbvio relativamente rápido como realmente é precisa de útil a inteligência fornecida para os tomadores de decisão.
Enquanto a maioria dos profissionais de inteligência se situam em situações de feedbacks pobres, a maioria dos profissionais de inteligência também tem uma história ou duas sobre como eles foram capazes de fornecer informações para os tomadores de decisão e como, neste casos, a inteligência fez uma grande diferença e que, de bom grado, foi reconhecida pelo decisor. A chave para este tipo de feedback parece menos relacionada com a emissão ou a inteligência em larga escala e mais relacionado a forma como como as funções de tomadas de decisão e inteligência são intimamente ligadas. Quando maior a distância entre as duas, a menos de feedback, supreendentemente não é suceptível de ser.
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Embora esta primeira imagem possa ser uma nova forma de representar a relação entre inteligência, operações e tomadores de decisão, o conteúdo desta imagem é pouco provável que seja surpreendente para a maioria dos profissionais de inteligência. Compreender o conteúdo dessa imagem é uma coisa realmente básica — Intel 101.
Que é precisamente por isso que é tão importante traduzir em uma imagem e dar-lhe o peso visual tal qual a imagem mais específica de inteligência que vou discutir no próximo post. É para o aluno, e, mais importante, para o decisor.
Poucos tomadores de decisão, fora os militares, tem alguma experiência formal em integrar a inteligência aos seus processos. Eleitos, presidentes e chefes de polícia normalmente têm uma imagem da inteligência que se formou principalmente por filmes Hollywoodianos. Podem também ver a inteligência como algo ligado a sua organizaçao por linhas pontilhadas ( ou, em casos mais extremos, por nenhuma linha ).
Esta imagem, então, envia uma mensagem poderosa para os tomadores de decisão. Diz-lhes que, o que eles podem um dia ter pensado sobre inteligência, é realmente no fim sobre como entender as coisas que são relevantes para o seu sucesso ou fracasso, mas estão fora do seu controle. Todos os tomadores de decisão, não importa o quão obstinados, eventualmente, vão concordar que conhecer o inimigo é tão importante quando conhecer a si mesmo, e, que a Inteligência e as operações são realmente somente diferentes lados da moeda de tomada de decisões, e esta imagem ajuda a levá-los a este ponto. Depois de terem feito este salto cognitivo, é muito mais fácil convencê-los a integrar ( e apreciar ) as funções específicas da inteligência.
Próxima: A segunda Imagem
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